A Liga Mundial de surf teve um início prometedor para Frederico Morais, o representante nacional na maior divisão mundial da modalidade. Teve um epílogo de sonho, com a vitória de Owen Wright numa história que promete ficar como uma das melhores do ano. Mas teve, no seu desenrolar, um pormenor que passou um pouco ao lado mas que deixou de ser apenas um mero pormenor – sistemas de tecnologia anti-tubarão para evitar qualquer percalço como o que aconteceu com Mick Fanning, na África do Sul, em julho de 2015.

Assim, em Margaret River, à semelhança do que já tinha acontecido em Gold Coast, também na Austrália, os cinco jet skis que estão permanentemente na água contarão com o “Shark Shield”. Como explica o Globoesporte, esta “barreira invisível” foi criada por cientistas do Instituto Oceanográfico da Universidade da Austrália Ocidental e funcionou a 90% dos testes feitos com tubarões de recifes no oeste da Austrália e tubarões brancos na África do Sul. Em resumo, o aparelho interfere com a rede de sensores que os animais têm.

Surfista atacado por tubarão na final do mundial de surf na África do Sul

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Mas os cuidados com os tubarões não ficarão por aqui. “Vamos implementar dois sistemas de segurança em relação aos tubarões”, garantiu Graham Stapelberg, diretor de eventos da Liga Mundial. “Além do Shark Shield, teremos outro para detetar tubarões através de uma boia, que permite assinalar a presença através de uma sonda. Usámos na J-Bay no ano passado e vamos agora experimentar em Margaret River”, salientou.

De referir que, dos cinco jet skis presentes na água, três serão só para os surfistas, por forma a que possam contar com uma ajuda extra entre a distância grande da rebentação e do local onde se apanham as ondas e, em paralelo, estejam seguros ao longo da segunda etapa da Liga Mundial.

Frederico Morais enfrenta John John Florence em Margaret River