O Parlamento Europeu (PE) vai vetar qualquer acordo proposto pelo Reino Unido que vise restringir os direitos dos emigrantes europeus nos próximos dois anos, avança o The Guardian. O objetivo é garantir que os cidadãos europeus que se mudem para o país durante o período de conclusão do Brexit tenham acesso aos mesmos direitos daqueles que já vivem e trabalham no Reino Unido.

Segundo o jornal britânico, o assunto foi discutido na segunda-feira numa reunião que juntou Michel Barnier, o negociador da União Europeia (UE) para o Brexit, e os deputados do PE. O encontro resultou na elaboração de uma resolução de cinco páginas com as medidas que a UE não deixará passar.

Neste momento, a principal preocupação do UE é impedir a “degradação” dos direitos dos cidadãos europeus que cheguem ao Reino Unido nos próximos dois anos. Este mês, o Parlamento britânico rejeitou uma proposta da câmara alta para que o Brexit só pudesse avançar quando estivessem garantidos os direitos dos cidadãos europeus a residir no país, deixando os emigrantes sem qualquer proteção legal depois da saída do país da UE.

Brexit. Processo avança sem estarem garantidos direitos dos cidadãos europeus

Esta quarta-feira, 29 de março, a primeira-ministra britânica Theresa May fará chegar a Bruxelas uma carta onde anuncia sua intenção de avançar com o processo de separação da UE, acionando o Artigo 50 do Tratado de Lisboa. Este será o primeiro de vários passos que culminarão na saída definitiva do Reino Unido da comunidade europeia. A partir desta quarta-feira, o Reino Unido terá dois anos para negociar a sua saída. A UE já anunciou que pretende que o processo esteja concluído em 2018.

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