As ligações fluviais da Transtejo, na região de Lisboa, voltaram esta quarta-feira à tarde a parar devido à greve dos trabalhadores, tendo o sindicato avançado com uma adesão “superior a 90%” neste segundo período do último dia da paralisação.

Os trabalhadores da Transtejo cumpriram na terça-feira e esta quarta-feira uma greve para contestar problemas nas embarcações e exigir a revisão do Acordo de Empresa, o que afeta as ligações fluviais no rio Tejo na região de Lisboa. As ligações devem começar a ser gradualmente repostas cerca das 20h15.

“Tal como ocorreu no período da amanhã, agora de tarde as embarcações também estão paradas em todas as ligações. A adesão à greve neste segundo período é similar ao que aconteceu em todos os períodos anteriores, sendo superior a 90%”, disse à Lusa Carlos Costa, do Sindicato dos Transportes Fluviais Costeiros e Marinha Mercante, afeto à Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (FECTRANS).

As ligações fluviais do Seixal, Montijo, Cacilhas e Trafaria/Porto Brandão com Lisboa foram afetadas, em especial, nos períodos das horas de ponta da manhã e da tarde, devido à greve de três horas por turno. Fonte oficial do grupo Transtejo disse à Lusa que a adesão à greve no período da manhã foi de 93%, entre a direção de operação e a direção comercial, e referiu que os números da tarde ainda não estão disponíveis, uma vez que a paralisação está a decorrer.

“Dos 73 trabalhadores escalados, 68 estiveram em greve. Os serviços mínimos determinados pelo Tribunal Arbitral do Conselho Económico e Social foram cumpridos, tendo as ligações sido retomadas nos termos previstos na informação previamente disponibilizada aos clientes”, indicou a empresa.

Segundo Carlos Costa, os trabalhadores continuam a não ter respostas para os problemas que contestam. “Continuamos sem respostas e vamos agora realizar um plenário com os trabalhadores para avaliar a forma como decorreu esta ação e decidir o futuro e novas formas de luta. Os trabalhadores, com a adesão à greve, mostraram que estão unidos na luta pelas suas reivindicações”, defendeu.

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