Um surto de malária matou mais de quatro mil pessoas no Burundi, desde o início do ano, anunciou esta quarta-feira a Organização das Nações Unidas (ONU), um número muito superior aos 700 mortos referidos pelo Governo há duas semanas.

O Burundi, no leste de África, registou mais de nove milhões de casos de malária desde janeiro do ano passado, segundo um relatório das Nações Unidas. A população do Burundi, um dos países mais pobres do mundo, é de 11 milhões de pessoas. Os casos de malária estão “muito para lá do início de uma epidemia”, de acordo com o documento, que cita uma investigação da Organização Mundial de Saúde.

Este surto é a mais recente crise no Burundi, devastado por violência política, desde 2015, e por faltas de comida, que afetam um décimo da população. A crise política começou com a decisão do Presidente, Pierre Nkurunziza, de cumprir um terceiro mandato, que foi considerado inconstitucional. Centenas de pessoas morreram e mais de 380 mil pessoas fugiram da violência para países vizinhos.

As Nações Unidas estimam que o número de pessoas afetadas pela insegurança alimentar aumentou de 2,1 milhões para três milhões entre outubro e janeiro.

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