Park Geun-hye foi a primeira mulher presidente da Coreia do Sul, mas foi destituída do cargo a 10 de março, depois de se saber que estava a ser investigada no âmbito de um escândalo de corrupção e tráfico de influências. Esta quinta-feira, foi detida preventivamente pelas autoridades sul-coreanas, por suspeita de que poderia estar a destruir provas importantes para a investigação, explica o The New York Times.

Park Geun-hye passou a noite desta quinta-feira a ser interrogada no gabinete do procurador-geral, mas por volta das 3 horas (hora local) foi levada para um estabelecimento prisional fora da capital do país, Seoul. De acordo com a publicação norte-americana, a ex-presidente deverá permanecer detida até ao seu julgamento em tribunal.

O Ministério Público da Coreia do Sul acusou a ex-presidente de ser cúmplice de juntamente com uma amiga, Choi Soon-sil, da alegada prática dos crimes de extorsão de dinheiro e favores a algumas das maiores empresas do país. Uma das empresas que, de acordo com a investigação, terá sido favorecida é a Samsung. O herdeiro da tecnológica, Lee Jae-Yong, também foi detido em fevereiro no âmbito da mesmo investigação.

A amiga e alegada cúmplice de Park, Choi Soon-Sil, já está a ser julgada e o Ministério Público considerava na quinta-feira de manhã que seria “contra o princípio de justiça” se Park – primeira mulher eleita na Coreia do Sul para a chefia do Estado – não fosse detida.

O mandato de captura foi pedido formalmente na passada segunda-feira mas só esta quinta-feira o juiz convocou uma audiência em que foi discutida se o mandato estava justificado.

O momento em que Park Geun-hye foi levada para o tribunal foi transmitido em direto na televisão nacional, onde se viu centenas de pessoas a manifestarem-se contra a sua detenção. À chegada ao tribunal, a ex-presidente não respondeu a quaisquer perguntas dos jornalistas.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR