A Administração-Geral Tributária (AGT) angolana informou esta quinta-feira que vai iniciar na próxima semana a fiscalização porta a porta sobre o pagamento do Imposto Predial Urbano, com o qual pretende arrecadar este ano mais de 200 milhões de euros.

Este imposto anual, lançado em 2016 e cujo prazo de liquidação termina esta sexta-feira, implica o pagamento de uma taxa de 0,5% sobre o valor dos imóveis, excluindo os avaliados até cinco milhões de kwanzas (28.000 euros), pelo que o imposto é aplicado ao excesso desse valor. Para os prédios arrendados, a taxa é de 15% sobre o valor efetivo da renda cobrada.

Em ano de estreia desta cobrança, a AGT explica que a partir de 05 de abril vai avançar com a fiscalização ao domicílio dos imóveis, através de Brigadas Fiscais devidamente identificadas, processo que arranca na zona de Talatona, no sul de Luanda, a alargar posteriormente a outras regiões de Luanda.

No Orçamento Geral do Estado para 2017, o Governo inscreveu que prevê arrecadar 36.068 milhões de kwanzas (202 milhões de euros) com o pagamento do Imposto Predial Urbano. O incumprimento detetado pelos fiscais, refere a AGT, levará à instauração de processos de execução fiscal, para cobrança coerciva.

O Estado angolano, institutos públicos e associações que gozem do estatuto de utilidade pública, bem como Estados estrangeiros, quanto aos imóveis destinados às respetivas representações diplomáticas ou consulares, estão isentos do pagamento do imposto. O mesmo acontece com as instituições religiosas legalizadas quanto aos imóveis destinados exclusivamente ao culto, bem como as sedes dos partidos políticos, dos sindicatos e das instituições de providência social.

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