Foi durante a primeira audiência pública do Comité de Inteligência do Senado dos EUA desta quinta feira que foi revelado que não só Donald Trump apoiou as interferências russas nas eleições de 2016, como este apoio foi determinante para que estas interferência tenham tido eficácia. Quem o diz é um ex-agente especial do FBI.

O Comité de Inteligência do Senado está a investigar as ligações do presidente Trump com a Rússia. “Parte das razões pelas quais as medidas ativas funcionaram nessas eleições dos Estados Unidos é porque o comandante-chefe usou medidas ativas russas na altura contra os seus oponentes”, revelou Clint Watts, ex-agente especial da FBI e oficial do exército.

O jornal The Guardian avançou que o agora presidente norte-americano e Paul Manafort, antigo diretor da campanha de Trump, promoviam histórias que eram convenientes aos interesses russos, quer fossem ou não falsas. “No dia 11 de outubro, o presidente Trump apareceu no palco e citou o que parecia ser uma notícia falsa da Sputnik News, que desapareceu da internet” exemplificou Watts.

Na mesma audiência, Clint Watts disse que as contas das redes sociais associadas à difusão de notícias falsas pró-russas já eram visíveis em 2009, acrescentando que a Rússia possuía informações inéditas sobre milhares de americanos. Segundo o ex-agente da FBI, estas informações poderiam ser usadas como armas para “pôr em dúvidas fontes inconvenientes”.

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