Há coisas que parecem escritas: na primeira vez que defrontou o FC Porto, na altura como treinador do Vilafranquense, Rui Vitória perdeu por 4-0 no Dragão contra uma equipa que tinha na baliza Nuno Espírito Santo. Estávamos a 21 de janeiro de 2004. 13 anos depois, continuam com azar. Ou um bocadinho mais do que isso. O atual técnico do Benfica já passou por Fátima, P. Ferreira e V. Guimarães mas continua a não saber o que é ganhar aos azuis e brancos. Mas não se pense que o treinador do FC Porto se fica a rir – agora ou no Rio Ave, nunca ganhou aos encarnados.

Ao todo, são 25 tentativas frustradas. Com Rui Vitória, pelo Benfica, vão quatro. Depois das duas derrotas do ano passado (1-0 no Dragão, 2-1 na Luz), vieram dois empates na presente época (ambos a uma bola). Contabilidade total: sete empates e 11 derrotas. E agora tentar inverter esta contabilidade, só mesmo para o ano.

Benfica. Há uma besta negra entre Rui e a outra Vitória

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Em paralelo, Rui Vitória não conseguiu escrever a sua própria história. Pelo menos neste particular – com mais um empate, no seguimento do nulo em Paços de Ferreira, o ribatejano poderá ambicionar, no máximo, a empatar com Jimmy Hagan como o treinador que mais cedo conseguiu a vitória 50 na Primeira Liga. E para tal necessita de vencer na próxima jornada, em Moreira de Cónegos, frente a… Petit.

Do lado de Nuno Espírito Santo, a matemática dos falhanços é mais fácil de fazer: quando estava no Rio Ave, perdeu sempre com o Benfica (seis jogos); desde que foi para o FC Porto, empata sempre com as águias (ambos por 1-1). E também neste caso existe uma espinha atravessada que não é Vitória mas sim o seu maior “rival”: Jorge Jesus. Foi contra o treinador que hoje orienta o Sporting que o antigo guarda-redes perdeu todos os encontros diante dos encarnados, entre os quais uma final da Taça da Liga (golos de Rodrigo e… Luisão) e outra da Taça de Portugal (Gaitán).

Rui Vitória e Nuno Espírito Santo. O “ser Benfica” contra o “somos FC Porto”