O presidente do parlamento da Venezuela afirmou este sábado que vai continuar a convocar protestos contra o Supremo Tribunal de Justiça, que este sábado renunciou a assumir as funções da Assembleia Nacional, recuando no “golpe de Estado” da sua decisão anterior.

Julio Borges, da oposição ao Presidente, Nicolás Maduro, afirmou que a primeira decisão não se pode corrigir anulando a sentença.

Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela renuncia a assumir poderes do parlamento

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“O Supremo Tribunal de Justiça quer pôr maquilhagem num morto, mas já fez um golpe de Estado que não se pode corrigir”, afirmou numa “sessão especial” da Assembleia Nacional realizada numa praça de Caracas, acrescentando que a sentença é o culminar de um processo que dura “há anos”.

Estar na rua, afirmou, significa defender a dignidade do parlamento e continuar a sua atividade para “conseguir liberdade definitiva para a Venezuela”.

O Supremo Tribunal de Justiça renunciou hoje a assumir as funções do Parlamento, depois de o Conselho de Defesa Nacional, um órgão consultivo que junta os poderes públicos, lhe ter pedido para rever a sentença que retirava os poderes da Assembleia Nacional e limitava a imunidade dos deputados.

Nicolás Maduro nega “rutura constitucional” na Venezuela e convoca Conselho de Segurança

Esse Conselho foi convocado pelo Presidente, depois de a procuradora-geral, Luisa Ortega, ter alertado para a “rutura da ordem constitucional” com a primeira decisão do Supremo.