Os países do bloco do Mercado Comum do Sul (Mercosul) pediram este sábado à Venezuela para que garanta a separação dos poderes, depois de o Supremo Tribunal de Justiça ter recuado na tentativa de tomada de poderes ao parlamento.

Para os ministros dos Negócios Estrangeiros dos países do Mercosul, aconteceu uma “rutura da ordem democrática” na Venezuela e é preciso respeitar os prazos definidos para as eleições locais deste ano e presidenciais de 2018.

Numa declaração conjunta adotada em Buenos Aires, onde se reuniram, os responsáveis pela diplomacia da Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai pediram ao governo do Presidente, Nicolás Maduro que liberte “os presos políticos”.

A chefe da diplomacia argentina, Susana Malcorra, afirmou que tem havido uma “intromissão sistemática” do Supremo na Assembleia Nacional, onde existe uma maioria de opositores a Maduro.

Apesar de reconhecer que foi positivo o Tribunal recuar na sentença em que assumia os poderes do parlamento, argumentou que não se está a praticar a separação de poderes e por isso, é preciso ativar a cláusula democrática do acordo do Mercosur, de onde a Venezuela está suspensa desde dezembro passado por não ter cumprido os requisitos para a adesão.

Susana Malcorra considerou que a pressão da comunidade internacional, do bloco e de muitos países que reagiram à medida do Supremo venezuelano “teve sem dúvida impacto” no governo de Maduro, que acabou por pedir ao tribunal para rever a sentença.

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