O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, disse este domingo que não vê “nenhum problema” em que o ministro das Finanças, Mário Centeno, possa presidir ao Eurogrupo, conforme hipótese noticiada recentemente.

“Eu não estou em condições, nesta altura, de avaliar da plausibilidade dessa notícia e ainda ninguém, oficialmente, falou dela. Mas diria que, se existe alguma plausibilidade, quer dizer, se realmente foi dirigido algum convite, ou foi feita alguma sondagem e se o Governo encara a possibilidade de ter apoios suficientes para esse efeito, eu acho muitíssimo bem para Portugal que isso possa ser uma candidatura assumida pelo próprio Governo”, afirmou Passos Coelho, na Guarda.

Centeno sondado para Eurogrupo. Mas Costa não quer

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“Não é uma coisa exclusiva, portanto, ser presidente do Eurogrupo não implica deixar de ser ministro das Finanças. Portanto, não vejo nenhum problema nisso”, disse, sobre a possibilidade de o governante Mário Centeno poder ser presidente do Eurogrupo.

Passos Coelho falava aos jornalistas, na Guarda, no final da sessão de abertura da Convenção Autárquica Distrital do PSD, onde foram apresentados os candidatos autárquicos às 14 câmaras municipais do distrito.

Em sua opinião, “é sempre prestigiante para Portugal poder ter em lugares de destaque pessoas que tenham o reconhecimento público que é exigido para a escolha deste tipo de lugares”.

Passos Coelho falou do assunto, ressalvando que não sabe avaliar da plausibilidade da notícia e “se realmente é ou não uma questão que esteja colocada em cima da mesa”, porque “não houve da parte do Governo qualquer menção sobre essa questão”.

O Expresso noticiou no sábado que Mário Centeno “já foi sondado” para substituir o presidente do Eurogrupo, “mas António Costa não quer ver o seu ministro das Finanças dividido entre Lisboa e Bruxelas”.

Desafio ao Governo no Novo Banco

O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, disse este domingo que o Governo e o Fundo de Resolução devem explicar por que razão a solução para o Novo Banco não passou pela venda da totalidade.

“Eu hoje, de certa maneira, convidei o Fundo de Resolução e o Governo a esclarecerem por que é que só conseguiram vender 75% do banco. Era suposto que, ao fim deste período, o que tivesse sido anunciado era a venda do Novo Banco”, disse Passos Coelho aos jornalistas, na Guarda, no final da sessão de abertura da Convenção Autárquica Distrital do PSD, onde foram apresentados os candidatos autárquicos às 14 câmaras municipais do distrito.
Para o líder do PSD, o Fundo de Resolução bancária e o Governo devem esclarecer “por que é que não foi possível cumprirem a sua missão que se esperava ser cumprida, que era a de venda do banco”.