Marco “Orelhas” Gonçalves, há três anos, terá sido detido por agressão a um agente do Corpo de Intervenção da PSP, em Lisboa, perto do Estádio da Luz, em dia de clássico, na sequência de uma carga policial – o avançado do Canelas 2010, ontem ouvido no Tribunal de Instrução Criminal do Porto e entretanto proibido de entrar em recintos desportivos e de contactar árbitros na sequência da agressão do passado domingo ao árbitro José Rodrigues, é um dos membros mais destacados dos Super Dragões.

O processo-crime referente a essa agressão terá sido arquivado, como outros que o jogador, de 34 anos, terá na ficha com o seu nome na polícia, garante hoje o Correio da Manhã. Diz ainda que Marco Gonçalves, que em 2015 também terá sido referenciado por ameaçar árbitros, não está sozinho: como ele, pelo menos outros seis avançados do clube de Vila Nova de Gaia, serão velhos conhecidos das forças de segurança.

Fernando Madureira, também conhecido como ‘Macaco’, o líder da claque portista, será o nome mais sonante do grupo. Aos 41 anos, com um mestrado em Gestão do Desporto concluído – nada menos do que com uma tese sobre claques desportivas, pontuada com 17 valores (“Quero acabar com o mito de que as claques são perigosas, fomentando condições para as famílias irem ao futebol“, disse na altura ao Jornal de Notícias) -, Madureira, diz o CM, já foi detido inúmeras vezes no seguimento de situações de violência, sempre no contexto Super Dragões, e investigado em processos de fuga ao fisco, tráfico de droga e agressões.

Carlos “Aranha” Silva, número 2 da principal claque do Futebol Clube do Porto, desde Outubro do ano passado em prisão domiciliária com pulseira eletrónica, no âmbito da Operação Jogo Duplo, que investiga a viciação de resultados nos campeonatos nacionais de futebol e alegados esquemas de apostas, ainda consta do plantel do clube presidido por Bruno Canastro. Com ele, são três os avançados do Canelas referenciados na polícia.

Faltam quatro: Fábio Rola, Marco “Kaká” Santos (pelo menos fisicamente nada parecido com o brasileiro), Hugo “Verrati” (as semelhanças com o italiano do Paris Saint-Germain até são visíveis) e Márcio Guedes. Os dois primeiros estarão referenciados em processos relativos a tráfico de droga, os outros dois em casos de agressões, diz o jornal.

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