O ministro da Defesa defendeu hoje que o “modelo de terrorismo” que o grupo Estado Islâmico preconiza necessita de uma resposta “menos clássica”, dando como exemplo a projeção das Forças Armadas portuguesas destacadas em “territórios que nunca imaginámos”. Em Braga, na abertura do II Seminário “IDN Jovem”, o ministro da Defesa Nacional, José Azeredo Lopes, afirmou que Portugal está “necessariamente a lutar” pela sua segurança em países como a Síria, o Mali ou na República Centro-Africana.

Segundo Azeredo Lopes, que antes de integrar o Governo era professor de Direito Internacional, o “modelo de terrorismo” preconizado pelo grupo extremista Estado Islâmico é mais “poderoso” que o da Al Qaeda ao ter uma “vocação de controlo territorial”, salientando que também aquela organização está a ser derrotada.

“Hoje, a Defesa Nacional perante este tipo de ameaça, este tipo de risco, vai-se exprimir de uma maneira menos clássica, por exemplo, através da projeção das nossas forças nacionais destacadas em estruturas, evidentemente integradas numa organização internacional. Por vezes, a nossa defesa é assegurada em territórios que nunca imaginámos que pudessem por em causa quer a nossa existência, quer a nossa segurança, sem dramatizar”, afirmou Azeredo Lopes. Para o titular da pasta da Defesa, “estamos necessariamente a lutar pela nossa segurança na Síria”.

“Hoje compreendemos se estamos a participar num esforço que envolve outros países, e a coligação anti-Daesh envolve várias dezenas de países, se participamos nas Nações Unidas, na União Europeia, também estamos a lutar pela nossa segurança”. Azeredo Lopes deixou um exemplo: “se a Al-Qaeda no Magrebe islâmico conseguir afetar o Mali, vai afetar necessariamente o Magrebe e o Magrebe é a dois passos de nós”, apontou.

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