O seu a seu dono. Se havia figura que tinha de sair como herói no V. Guimarães, era mesmo Douglas. Afinal, e apesar da idade avançada, ele é o exemplo paradigmático da ideia do viver e morrer pelo Vitória que tantas vezes jogadores e adeptos minhotos comungam. O brasileiro, que vai na sétima temporada no clube, segurou a presença na final da Taça de Portugal ao defender uma grande penalidade num dos últimos lances do encontro em Chaves. E é também, curiosamente, o único jogador que alinhou na final de 2013 e que ainda hoje se mantém no plantel.

O V. Guimarães nunca tinha sido feliz em finais da Taça de Portugal, somando por derrotas as cinco finais que tinha disputado até aí. Com o Belenenses, em 1942 (2-0). Com o Sporting, em 1963. Com o Boavista, em 1976 (2-1). Com o FC Porto, neste caso numa versão dupla em 1988 (1-0) e 2011 (6-2). Por isso, era claramente um outsider na final de 2013, onde encontrava um Benfica a necessitar urgentemente de títulos após as desilusões nos descontos na Primeira Liga, com o FC Porto, e na final da Liga Europa, com o Chelsea. Mas os comandados de Jorge Jesus voltaram a ceder, deixando fugir uma vantagem de 1-0 para 2-1 em poucos minutos e já na reta final da partida. Rui Vitória, treinador dos vimaranenses, conseguiu um milagre e deu a primeira Taça ao clube. Agora, caso confirme a vantagem da primeira mão frente ao Estoril (2-1), pode ser o adversário.

Mas à exceção de Douglas, que se mantém no Minho, o que é feito dos outros heróis de 2013?

Ricardo Pereira, lateral direito, afirmou-se na última época no Nice, tendo confirmado o estatuto de um dos melhores da equipa que chegou a liderar algumas jornadas a Ligue 1; entre os centrais, Paulo Oliveira transferiu-se entretanto para o Sporting, ao passo que Kanu, depois de passar pelo Apucarana Sports, andou pelo Bragança; já o lateral esquerdo ganês David Addy esteve no Beveren (Bélgica), passou pela Índia (Delhi Dynamos) e anda agora na Finlândia, ao serviço do RoPS.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

No meio-campo, El Adoua, marroquino que andou por Espanha e pela China, está agora no Al Dhafra, dos Emirados Árabes Unidos; André André passou para o FC Porto, tendo sido chamado em algumas convocatórias da Seleção; Leonel Olímpio esteve no Sheriff (Moldávia) e no Toledo (Brasil), voltando a Portugal esta temporada para o Varzim; Tiago Rodrigues, depois de ter assinado pelo FC Porto, tem andado entre empréstimos a Marítimo e Nacional.

Na frente, o argelino Soudani continua a ser o goleador do Dínamo Zagreb, ao passo que Amido Baldé, que passou por cinco países até voltar a Portugal para o Marítimo (Celtic, Escócia; Beveren, Bélgica; Hapoel Telavive, Israel; Metz, França; e Benfica de Luanda, Angola). Agora, como jogador do Tondela, está a atravessar uma situação muito complicada que pode colocar em risco a carreira de jogador depois de ter sofrido uma embolia pulmonar.

Entre os suplentes utilizados estiveram Marco Matias (passou pelo Nacional e está hoje no Sheffield Wednesday de Carlos Carvalhal), Crivellaro (hoje no Arouca, após duas épocas no Ajman, nos Emirados Árabes Unidos, e Wisla Cracóvia, da Polónia) e N’Diaye, que cumpre a quarta época no Troyes. A título de curiosidade, Alex, que não saiu do banco, treina agora os juniores do V. Guimarães após experiências no Felgueiras 1932 e no Ac. Viseu.