Cerca de dois terços das salas de aula destruídas por um ciclone em Moçambique, a 15 de fevereiro, já receberam coberturas, mas restam 760 por recuperar, anunciaram as autoridades.

O ciclone Dineo destruiu total ou parcialmente 2.200 salas de aula na região de Inhambane, no sul do país, afetando 160 mil estudantes, parte dos quais ainda estuda ao relento, segundo dados do Centro Nacional Operativo de Emergência (CENOE) citados esta quarta-feira pelo jornal Notícias.

De acordo com os números apresentados, cerca de 1400 salas de aula receberam coberturas de chapa de zinco e lonas e 37 recorrem a tendas, sendo que todas elas continuam a precisar de obras de reabilitação.

A tempestade afetou também unidades sanitárias, postos que prestam serviços de saúde à população.

Como consequência, há 25 a funcionar em tendas hospitalares e nove em que foram colocadas coberturas de zinco.

Maurício Xerinda, diretor do CENOE, defende a adoção de medidas que possam aumentar a resiliência da população face às intempéries a que o país está sujeito.

O ciclone Dineo provocou também uma redução de receitas aduaneiras de Inhambane, anunciou a presidente da Autoridade Tributária de Moçambique, Amélia Nakhare, de visita à região.

“Janeiro e fevereiro foram maus para as receitas aduaneiras”, referiu, citada pelo jornal O País, admitindo que em março já se registou uma melhoria.

Apesar de não referir valores absolutos, aquela responsável referiu que os postos de cobrança de Inhassoro e Vilankulo, que atingiram respetivamente 150% e 200% das metas de 2016, conseguiram apenas 70% e 80% das previsões para os dois primeiros meses do ano.

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