O Fundo Monetário Internacional (FMI) recomendou esta quarta-feira o governo são-tomense para ter “bastante cuidado” e não contrair dívidas sem “uma componente de donativo de 35%” nos projetos a financiar.

“Relativamente a essa matéria (dívida) nós recomendamos ao governo para que tenha bastante cuidado na contração de novos empréstimos que apenas deverão ser em termos concessionais. Isto é que tenham uma componente de donativo de 35%”, disse a representante do FMI no país, Xiangming Li.

No final de 15 dias de uma nova avaliação do programa com São Tomé e Príncipe, o Fundo Monetário Internacional diz ter constado “com bastante satisfação” a taxa de crescimento de 4%.

Trata-se de uma “taxa bastante boa, principalmente quando comparada com alguns países da região”, disse Xiangming Li.

A missão do FMI que deixa esta quinta-feira o país considerou esta quarta-feira “como extremamente positivo” o pacote de reformas estruturais levadas a cabo pelo executivo, nomeadamente “uma estratégia para rapidamente controlar a questão do crédito mal parado, a questão da regulamentação bancária e a criação de um comité de auditoria no Banco Central”.

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No balanço de duas semanas de missão do FMI, sublinhou os “desafios bastante consideráveis” assumidos pelo executivo, feitos no âmbito do setor fiscal, com a diminuição da receita “como consequência da redução das importações de petróleo”.

“Como tal houve menos receita” e a “despesa acabou por aumentar um bocado”. Mas, ainda “assim o governo já pôs e prática medidas de forma a garantir que durante 2017 se consegue melhor controlo do saldo mais positivo”, explicou Xiangming Li.

A chefe da missão do FMI para São Tomé e Príncipe tem encontros agendados com os partidos políticos representados na Assembleia Nacional (parlamento são-tomense) antes de deixar o país.