O Tribunal de Contas do Brasil (TCU) denunciou na quarta-feira a sobrefaturação de 544 milhões de reais (164 milhões de euros) nas obras de construção do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). Em comunicado, o TCU informou também que ordenou o bloqueio de bens das empresas acusadas de terem beneficiado da faturação do Comperj, localizado na região metropolitana do Rio de Janeiro, que pertence à petrolífera estatal Petrobras.

As empresas que tiveram os seus bens bloqueados são a Techint Engenharia e Construção S.A., Alusa Engenharia, Skanska Brasil LTDA., Promon Engenharia LTDA., Engevix Engenharia S.A, Queiroz Galvão S.A., Iesa Óleo e Gás S.A. e Galvão Engenharia S.A.

O tribunal informou que outra das empresas acusadas, a construtora Andrade Gutierrez, não teve bens bloqueados porque, no âmbito das investigações do caso de corrupção da Petrobras, cooperou com a justiça para denunciar corrupção. O bloqueio de bens deve servir para ressarcir a Petrobras caso as irregularidades forem comprovadas. O TCU deu um prazo de 15 dias às empresas acusadas para se defenderem das acusações.

Situado no município de Itaboraí, o Comperj é um grande projeto para expandir a capacidade de refinação da Petrobras, com o objetivo que a empresa estatal possa responder ao crescimento da procura de derivados de petróleo, como o diesel, nafta petroquímica, querosene de aviação, coque e gás de cozinha.

As obras, que começaram em 2011, foram afetadas pelo grande caso de corrupção da Petrobras, que atinge a maioria das empresas que participavam nelas, e ainda não foram finalizadas.

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