Portugal subiu da 15ª posição para o 14º lugar num índice do Fórum Económico Mundial que mede quão atrativo é abrir negócios no setor das viagens e turismo. A economia portuguesa teve um resultado melhor, quando avaliadas as várias componentes que compõem o índice, e conseguiu subir um lugar no ranking. Espanha manteve-se no topo, depois de em 2015 ter ultrapassado Suíça, Alemanha e Áustria (que tinham composto o pódio no relatório anterior, feito em 2013).

A ideia não é avaliar a atratividade do país como destino de viagens. O que o relatório Travel and Tourism Competitiveness Report avalia é a competitividade de um conjunto alargado de países mundiais para negócios na área das viagens e turismo. A partir da análise de várias componentes, chega-se a um indicador que vai, no máximo, até 7.

Portugal teve uma marca de 4,74 pontos neste relatório, relativo a 2017, depois de em 2015 ter ficado com uma pontuação de 4,64 pontos.

Eis como se distribuiu o top 20, na edição do relatório divulgada esta quinta-feira:

1 Espanha 5,43
2 França 5,32
3 Alemanha 5,28
4 Japão 5,26
5 Reino Unido 5,20
6 EUA 5,12
7 Austrália 5,10
8 Itália 4,99
9 Canadá 4,97
10 Suíça 4,94
11 Hong Kong 4,86
12 Áustria 4,86
13 Singapura 4,85
14 Portugal 4,74
15 China 4,72
16 Nova Zelândia 4,68
17 Holanda 4,64
18 Noruega 4,64
19 Coreia do Sul 4,57
20 Suécia 4,55

As principais componentes que ajudam Portugal a estar no top 15 mundial são a Segurança (6,3) e a Saúde e Higiene (6,3). Houve, também, bons resultados na área dos Recursos Humanos e infraestruturas de tecnologias de informação (5,2).

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Onde Portugal fica abaixo de Espanha é, por exemplo, na prioridade que é dada a esta indústria (5,5 contra 5,9 de Espanha) e na sustentabilidade ambiental (4,3 versus 4,6 em Espanha). Mas os preços em Portugal são mais competitivos do que em Espanha (4,8 versus 4,5).

Nos diferentes “pilares” que ajudam a formar o índice, Portugal está no 54º lugar no clima empresarial; em 11º na segurança; em 27º na saúde e higiene; em 27º na rubrica de recursos humanos e mercado laboral; 41º na preparação das infraestruturas para tecnologias de informação e comunicação, em 14º na prioritização do turismo, 22º na abertura ao exterior, 73º na competitividade de preços, 47º na sustentabilidade ambiental, 31º na infraestrutura de transporte aéreo e 39º no transporte ferroviário, rodoviário e portos; 38º nos recursos naturais; e 18º nos recursos culturais e turismo de negócios. Onde Portugal brilha, em 4º lugar, é nas infraestruturas de serviço aos turistas.

Eis como se tinha distribuído o top 20, na edição de 2015:

1 Espanha 5,31
2 França 5,24
3 Alemanha 5,22
4 Reino Unido 5,12
5 EUA 5,12
6 Suíça 4,99
7 Austrália 4,98
8 Itália 4,98
9 Japão 4,94
10 Canadá 4,92
11 Singapura 4,86
12 Áustria 4,82
13 Hong Kong 4,68
14 Holanda 4,67
15 Portugal 4,64
16 Nova Zelândia 4,64
17 China 4,54
18 Islândia 4,54
19 Irlanda 4,53
20 Noruega 4,52

No relatório anterior, relativo a 2015, numa referência específica a Portugal, o Fórum Económico Mundial tinha salientado como Portugal estava a ter algum crescimento na área do turismo de saúde, um exemplo de como se podem criar nichos de negócio com mão de obra especializada. Tendencialmente, o turismo emprega pessoas predominantemente menos qualificadas e mais jovens, mas “um exemplo empírico vem do turismo de saúde em Portugal, onde o Hospital dos Lusíadas, em Lisboa, tem visto a atividade crescer de forma significativa graças a um influxo de doentes vindos de outros países”.