A FIFA apresentou esta sexta-feira um prejuízo recorde de 347 milhões de euros no exercício referente a 2016, ano em que o organismo regulador do futebol mundial foi abalado pelo maior escândalo de corrupção da sua história.

De acordo com a FIFA, que espera um resultado ainda mais negativo no final deste ano, atribuiu o elevado prejuízo registado em 2016 a uma nova forma de efetuar a contabilidade, mas reconheceu que as investigações da justiça suíça e norte-americana contribuíram para terminar o ano no ‘vermelho’.

“A estagnação da economia mundial e a redução do investimento, aliadas às investigações a antigos dirigentes colocaram sob pressão as contas”, indica o relatório do organismo, presidido pelo suíço Gianni Infantino, apontando para gastos de 50 milhões em despesas legais.

O organismo espera voltar aos resultados positivos em 2018, antecipando lucros de mil milhões de euros, a maioria dos quais provenientes da venda dos direitos de transmissão televisiva do próximo Campeonato do Mundo, cuja fase final se vai realizar na Rússia. O documento atribui parte da responsabilidade a “investimentos desajustados” por parte da anterior direção, liderada pelo suíço Joseph Blatter, que foi suspenso por seis anos por conduta antiética, na sequência de um inquérito interno.

Os investimentos em causa são o museu do futebol mundial e o hotel Ascot, de quatro estrelas, no centro da cidade suíça de Zurique, onde a FIFA tem a sua sede.

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