O papa Francisco demitiu um padre católico do estado norte-americano de New Hampshire que foi condenado por ter furtado 300 mil dólares (281 mil euros) a um hospital, a um bispo e a um padre falecido. Monsenhor Edward Arsenault, que era o líder da igreja estadual durante um escândalo de abusos sexuais, confessou-se culpado de três crimes de furto em 2014. Foi colocado terça-feira em prisão domiciliária e poderá passar a liberdade condicional a 19 de fevereiro de 2018.

De acordo com a agência noticiosa Associated Press (AP), a diocese de Manchester disse hoje que Edward Arsenault foi retirado das funções sacerdotais a 28 de fevereiro e deixou de possuir “faculdades de agir, funcionar ou apresentar-se como padre”.

“Demitir um sacerdote do seu estado clerical é muito sério e levado muito a sério pela Santa Sé”, disse o padre Georges de Laire, vigário da diocese de Manchester para assuntos canónicos, que transmitiu a decisão a Arsenault na quinta-feira. “Não é uma decisão tomada de ânimo leve, porque implica dor para o ex-padre e para aqueles que podem ter sido afetados por ele”, adiantou.

Segundo a AP, um advogado de Edward Arsenault recusou comentar a decisão. O padre agora demitido ocupou altos cargos na igreja do estado de New Hampshire durante uma década, entre 1999 e 2009.

Edward Arsenault foi acusado de ter faturado à igreja refeições luxuosas e viagens realizadas por si e, por vezes, com um parceiro masculino. O padre foi ainda condenado por ter passado a si próprio cheques da propriedade do padre falecido e ter cobrado a um hospital 250 dólares (234 euros) por hora por trabalho de consultoria que nunca realizou.

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