Xi Jinping já aterrou nos EUA e jantou com Donald Trump, com quem vai estar reunido durante dois dias na residência de Mar-a-Lago, na Florida, para discutir sobretudo a ameaça que representa a Coreia do Norte e a forma como vão negociar o acordo comercial para a Ásia e Pacífico. Enquanto se sentavam, Trump disse aos jornalistas que os dois líderes “tinham desenvolvido uma amizade”, conta a BBC.

O ambiente já se adivinhava tenso, tendo em conta tudo o que Donald Trump disse ainda antes de chegar à Casa Branca e o telefonema que teve com a presidente de Taiwan (que em nada agradou em nada aos chineses). Mas pode ter ficado pior depois dos 59 mísseis que os EUA lançaram contra a base militar da Síria na madrugada desta sexta-feira.

A China é um dos países que já se manifestaram publicamente contra o ataque dos EUA. O jornal estatal China’s Global Times escreveu que o Presidente dos EUA quis “marcar a sua autoridade” com a ofensiva e que a “pressa e inconsistência” deste gesto deixou “uma marca profunda”. Ao lado da China contra os EUA, está a Rússia e o Irão.

A BBC escreve que o encontro dos dois líderes, que só termina no domingo à hora de almoço, vai ser marcado pela análise à expressão corporal de Xi Jinping e Trump. Os EUA querem negociar bilateralmente um acordo de comércio para a Ásia e Pacifico com a China, que poderá passar pela negociação da dívida pública dos EUA, sendo que a China é um dos seus maiores investidores.

A ofensiva norte-americana é uma resposta ao ataque químico atribuído ao regime de Bashar al-Assad, que matou 86 pessoas em al-Shayrat. Na quinta-feira, Trump já tinha afirmado que o ataque tinha “ultrapassado várias linhas”. Na madrugada desta sexta-feira, os EUA atacaram a base militar de Bashar al-Assad, que tem uma aliança com o governo russo.

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