Nasceu como Armando Gonçalves Teixeira, passou a Petit pela estatura e por ter nascido em França, ganhou a alcunha de Pitbull pela forma como mordia os calcanhares dos adversários a meio-campo e virou fera no banco de suplentes como treinador. Fera, pelo menos, para FC Porto e Sporting – por Boavista e Tondela, causou sempre mossa a jogar contra os crónicos candidatos ao título. Pelo menos a dois, porque com o Benfica é outra história – em seis encontros contra os encarnados desde 2014/15, soma outras tantas derrotas.

Formado no Boavista, Petit passou por clubes como Esposende, Gondomar, U. Lamas e Gil Vicente antes de regressar à base, tendo feito parte do conjunto de Jaime Pacheco que conquistou um inédito campeonato para os axadrezados. Em 2002, após ter estado no Campeonato do Mundo, transferiu-se para a Luz, onde foi também campeão pelo Benfica entre vários outros títulos. Seis anos depois, teve a primeira e única experiência no estrangeiro, ao serviço do Colónia, de onde saiu apenas para uma última época no Bessa, em 2012/13.

Acabou como jogador-treinador, aquela coisa tão habitual antigamente que hoje quase não existe. O Boavista estava no Campeonato Nacional de Seniores, antes de voltar a subir por decisão de secretaria. Em 2014/15, Petit estreava-se assim na Primeira Liga como técnico. Em seis jogos contra Benfica, FC Porto e Sporting, conseguiu apenas travar os azuis e brancos no Dragão, através de um nulo. Mas parece ter aprendido a lição de como atrasar os grandes.

Em 2015/16, começou por empatar também a zero o Sporting no Bessa, antes de sair e, mais tarde, assumir o comando do Tondela (conduziu a equipa numa extraordinária recuperação que valeu a permanência na Primeira Liga), conjunto que foi arrancar uma igualdade a Alvalade (2-2) e vencer ao Dragão (1-0).

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Na presente temporada, Petit começou no Tondela mas acabou por sair, numa época também marcada pela curta margem que quase todos tiveram e que levou a um número bem acima do normal de despedimentos. Ainda assim, voltou a conseguir empatar com FC Porto (0-0) e Sporting (1-1, em Alvalade). Só com o Benfica é que a coisa não correu bem. E ainda hoje não corre.

Como técnico do Boavista, Petit perdeu com os encarnados na Primeira Liga por 1-0 (casa) e 3-0 (fora) em 2014/15, e por 2-0 em 2015/16. Como treinador do Tondela, perdeu por 4-1 (fora) na última época e 2-0 (casa) na presente temporada. Agora, pelo Moreirense, a sorte não mudou. Ou a falta dela.