O discurso da Rússia endureceu depois do raide surpresa dos Estados Unidos à base militar do regime sírio, na semana passada. Reflexo disso é o aviso emitido via o Twitter oficial da Embaixada russa no Reino Unido onde se chega a sugerir que uma “guerra convencional” poderá ser uma consequência, isto no caso de os países do G7 virem a fazer um ultimato sobre o envolvimento russo no conflito sírio.

Neste tweet, citado pelo jornal britânico Daily Telegraph, é ainda feita uma referência sarcástica ao papel que teria o ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, Boris Jonhson, como ajudante de Donald Trump, enquanto líder em tempo de guerra.

Nestas mensagens, a Embaixada considera ainda “deplorável” que Boris tenha sido incapaz de sustentar a posição do ocidente, ao cancelar a sua anunciada visita à Rússia.

Em vez de se deslocar ao país, para um encontro com o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergey Lavrov, Boris Jonhson irá antes viajar para Lucca, na Itália para uma reunião dos ministros do G7, que se realiza a 10 e 11 de abril. Neste encontro, os responsáveis pela política internacional dos países mais ricos devem pedir ao presidente Vladimir Putin que retire as suas tropas da Síria.

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O cancelamento da viagem de Johnson, que seria a primeira deslocação de um ministro dos Negócios Estrangeiros britânico em cinco anos, surgiu na sequência de conversas com os Estados Unidos. A administração Trump vai enviar o secretário de Estado Rex Tillerson a Moscovo para entregar em mão uma mensagem clara e coordenada sobre o envolvimento russo no apoio ao regime de Bashar Al-Assad.