O presidente venezuelano assegurou no domingo que os distúrbios registados no país nos últimos dias foram provocados pelos seus opositores, que se preparam para regressar às ruas na segunda-feira, contra o Supremo Tribunal de Justiça. Nicolás Maduro, que falava no seu programa de televisão semanal, disse que as autoridades detiveram “várias” pessoas no sábado e que estas estavam ligadas ao partido Vontade Popular (VP), do opositor que está preso Leopoldo López, e do partido Primeiro Justiça (PJ), do ex-candidato presidencial Henrique Capriles. “Andam como loucos a incendiar o país”, afirmou o chefe de Estado, salientando, porém, que o país se encontra em paz.

O Ministério Público venezuelano informou no domingo que 14 pessoas foram detidas durante os protestos opositores registados nos últimos dias e que outras 34 ficaram feridas, entre as quais três polícias.

Maduro pediu ao povo para se mobilizar cada vez que for necessário e apelou para que sejam organizados “planos de defesa da paz, bairro por bairro, avenida por avenida, rua por rua, pessoas por pessoas, cidade por cidade”, porque os “descarados da extrema direita não vão incendiar a Venezuela”.

Afirmou-se ainda “ansioso” para que o poder eleitoral convoque os comícios para eleger governadores – suspensos em dezembro passado – “para dar uma surra a esta gente”, aludindo à Mesa da Unidade Democrática (MUD, oposição).

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