Partiu esta segunda-feira da estação de Stanford-le-Hope, em Essex, no Reino Unido, um comboio de cargas cujo destino é Yiwu, no leste da China. Trata-se do primeiro comboio de mercadorias a ligar estes dois países e o objetivo é o de tornar este serviço regular.

São mais de 12 mil quilómetros de percurso que equivalem a uma viagem com 17 dias de duração. Depois de passar no Canal da Mancha, chegando a França, o comboio passa pela Bélgica e pela cidade alemã de Duisburg. Polónia, Bielorrúsia, Rússia e Cazaquistão são, por esta ordem, os países atravessados pelo comboio antes de chegar ao seu destino, a China. Se tudo correr de acordo com os planos, o comboio de cargas deverá chegar a 27 de abril.

“Este é o primeiro comboio de mercadorias e apenas o começo de um serviço direto regular entre o Reino Unido e a China. Temos uma enorme fé no Reino Unido como uma nação de exportação e o transporte ferroviário oferece uma excelente alternativa para transportar grandes volumes de mercadorias a longas distâncias e é mais rápido”, referiu Xubin Feng, presidente da Yiwu Timex Industrial Investment Co, que está a organizar este serviço.

O comboio tem um total de 30 contentores. Whisky, refrigerantes, vitaminas, medicamentos e produtos para crianças são algumas das mercadorias a bordo, cujo transporte por via aérea teria custos superiores, enquanto a alternativa por via marítima seria mais demorada. O Reino Unido é o 15º país a ter uma ligação ferroviária direta com a China.

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O comboio tem 30 contentores na sua totalidade e leva a bordo uma diversidade de produtos

Greg Hands, secretário de Estado do Tesouro, diz tratar-se de um “impulso” para uma “Grã-Bretanha global” e mais uma oportunidade de “levar os produtos britânicos a todo o mundo”. “Isto mostra a grande procura global por produtos de qualidade do Reino Unido”, acrescentou em declarações à Sky News.

O serviço faz parte do One Belt, One Road, um programa da China de revitalização da Silk Road (Rota da Seda, em português) uma rota com mais de dois mil anos que ligava o sul asiático ao Mar Mediterrâneo através do Médio Oriente para o comércio de seda.