Uma das proprietárias da agência de viagens que promoveu a viagens de finalistas dos portugueses a Torremelinos, Espanha, acusou hoje o proprietário do hotel de “má fé” por recusar mostra os alegados estragos provocados pelos estudantes no local.

Em declarações à agência Lusa, Inês Mota, uma das sócias da agência de viagens Slide in Travel que organizou a viagem de finalistas dos estudantes portugueses àquela estância balnear espanhola, explicou que o proprietário do hotel não deixou os representantes da agência entrarem “no local para aferir os alegados estragos”.

Acusando o hotel de ter “uma atitude intolerante e incorreta”, até porque se recusou a devolver as cauções dos portugueses embora não tenha apresentado os estragos. “Quando [os finalistas portugueses] fizeram o ‘check out’, não lhes foi devolvida a caução de 50 euros que fizeram quando se alojaram. O proprietário do hotel alegou que seria para cobrir os estragos que os jovens fizeram, mas não deixaram os elementos da nossa agência que está em Espanha entrar no local para aferir os alegados estragos”, disse.

Inês Mota sublinhou que os alunos portugueses não foram expulsos pelo hotel, tendo cumprido “o programa que estava previsto” e saído no dia em que acabava o programa. No sábado, o hotel onde estava alojado um grupo de 800 estudantes portugueses do ensino secundário disse à Lusa que expulsou os jovens por danos e vandalismo.

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Uma fonte da polícia em Torremolinos disse no fim de semana à agência noticiosa Efe que teve de atuar em várias ocasiões no Hotel Pueblo Camino Real, perto da cidade de Málaga, onde estavam instalados os jovens portugueses.

A polícia disse que um grupo de cerca de 1.200 estudantes portugueses entre 14-17 anos causou estragos nos quartos na ordem dos 50 mil euros.

O hotel confirmou o incidente, mas recusou-se a comentar, tendo remetido explicações para uma conferência de imprensa agendada para hoje, que foi, entretanto, cancelada. A polícia espanhola avançou hoje ter recebido duas denúncias e iniciado a investigação sobre os alegados danos.

Os estudantes portugueses do ensino secundário estavam no hotel durante uma viagem de finalistas. O hotel localiza-se em Los Álamos, uma zona de Torremolinos, perto de Benalmádena.

Segundo o jornal espanhol El Pais, os jovens foram expulsos pela direção da estância balnear depois de terem “destruído azulejos, atirado colchões pelas janelas, esvaziado extintores nos corredores do hotel e colocaram uma televisão na banheira”, entre outros danos.