O gerente da agência que organizou a viagem de finalistas a Torremolinos, Espanha, disse esta segunda-feira que apresentou duas queixas na polícia espanhola contra o hotel por apropriação indevida do total das cauções e por incumprimento contratual.

Em declarações à agência Lusa, Nuno Dias explicou que o hotel Pueblo Camino Real, em Torremolinos, onde estiveram hospedados 1.100 estudantes portugueses, recusou-se a entregar 35 mil euros (correspondente a parte da caução) sem fazer prova dos estragos e ao longo dos seis dias de estadia prestou um serviço abaixo do que estava contratualizado.

“Não me apresentou um relatório de danos devidamente averbado, não me permitiu ver os danos de forma presencial e disse que ficaria com o dinheiro”, frisou Nuno Dias.

No momento de entrada no hotel, explicou, foram pagos 51.300 euros e deste valor foram devolvidos 15 mil euros.

O responsável do hotel, adiantou o gerente da agência Slide In, exigiu ainda, sobre os 35 mil “retidos indevidamente”, um pagamento adicional de 50 mil euros para o pagamento dos estragos.

Relativamente ao incumprimento contratual, o gerente, que esteve também hospedado no hotel, explicou que houve várias situações relatadas pelos jovens portugueses, que tentou resolver sem sucesso, nomeadamente a não limpeza dos quartos, a falta de refeições adequadas e em quantidade suficiente e o permanente corte do serviço bar aberto.

Nuno Dias disse ainda que as duas queixas foram apresentadas no sábado, quando o proprietário do hotel impediu que a equipa de adultos (técnicos de som, motoristas) que acompanharam a viagem dos jovens retirasse as suas malas e material de trabalho após o check out.

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