O movimento de mercadorias subiu apenas nos portos (+5,1%), tendo diminuído 4,1% por via rodoviária e 6,5% por via ferroviária, segundo os dados preliminares de 2016 da atividade de transportes divulgados esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Em 2015, as variações tinham sido positivas nos portos marítimos (7,7%) e por via ferroviária (7,9%) e negativa na via rodoviária (-1,9%).

Os números sobre o 4.º trimestre de 2016 mostram um crescimento de 8,1% no movimento de mercadorias nos portos (23,4 milhões de toneladas) e a entrada de 3.511 navios (3.100 de mercadorias).

Nestes últimos três meses do ano, o porto de Sines concentrou 52,9% do movimento total dos portos nacionais, ao registar 12,4 milhões de toneladas (+23,2%), enquanto os portos de Leixões (4,3 milhões de toneladas) e Lisboa (2,6 milhões) mostraram quedas de 7,3% e 4,3%, respetivamente.

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As mercadorias carregadas, na totalidade dos portos portugueses, atingiram as 9,7 milhões de toneladas (+10%) e as descarregadas ascenderam a 13,8 milhões de toneladas (+6,7%).

O movimento internacional de mercadorias subiu 7,9% (20,5 milhões de toneladas) e o tráfego nacional traduziu um movimento de 2,9 milhões de toneladas (+9%).

Nas contas preliminares de 2016, houve uma subida de 5,1% na movimentação de mercadorias nos portos nacionais (contra os +7,7% em 2015) para 91,3 milhões de toneladas.

Nos aeroportos nacionais, o INE registou no 4.º trimestre 42 mil toneladas de carga e correio (+11,4%), enquanto no total do ano houve um aumento de 1,9% para 150 mil toneladas.

Por modo ferroviário, as mercadorias, no 4.º trimestre do ano passado, atingiram 2,6 milhões de toneladas, numa diminuição de 4,4%, embora o volume tenha crescido 0,8% (664,1 milhões de tonelada-quilómetro).

Os resultados preliminares de 2016 indicam que o transporte rodoviário de mercadorias registou uma descida de 4,1%, em resultado da diminuição do transporte nacional de 6,1%.

No transporte rodoviário de mercadorias registou-se um movimento de 35,3 milhões de toneladas no 4.º trimestre de 2016, traduzindo uma descida de 3,2% e 7,7 mil milhões de toneladas (+11,4%).

As mercadorias em transporte internacional cresceram 14,2%, mas no transporte nacional, com um peso de 83,7% do total, decresceram 6%.

O grupo de “produtos não energéticos das indústrias extrativas” continuou a ser o mais representativo (24,1%).

Nos dados de mercadorias em tráfego internacional, o rácio de mercadorias carregadas/descarregadas foi favorável a França e Alemanha, e desfavorável em relação a Espanha e aos outros países da União Europeia.