Cinco pessoas faleceram, dezenas ficaram feridas e 325 foram detidas na Venezuela, em manifestações opositoras que decorrem desde a semana passada contra a decisão do Supremo Tribunal de Justiça de limitar a imunidade parlamentar e assumir as funções do parlamento.

As mortes estão a ser investigadas pelo Ministério Público venezuelano que confirmou que as últimas vítimas foram Miguel Colmenares de 36 anos de idade e um adolescente de 13 anos, que faleceram durante manifestações no Estado venezuelano de Lara, a oeste de Caracas.

As últimas duas vítimas, segundo o governador local, Henri Falcón, foram assassinadas por um grupo de 80 motociclistas, popularmente chamados de ‘coletivos’ (grupos armados afetos à revolução) que passaram “disparando de maneira indiscriminada contra as pessoas”, criando uma situação de “pré-guerra” disse.

Entretanto o governador do Estado de Carabobo (centro do país), Francisco Ameliach, confirmou que um outro jovem foi assassinado durante uma manifestante naquela localidade, atingido por um tiro de uma arma da PoliCarabobo (polícia local). A primeira morte ocorreu a de 5 abril, nas proximidades de Caracas. Segundo as autoridades Jairo Ortiz foi assassinado com um tiro no peito por um funcionário da Polícia Nacional Bolivariana.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Nesse mesmo dia Ricarda González, de 87 anos de idade faleceu em Bello Monte, enquanto a polícia reprimia manifestantes. A imprensa local da conta de que foi vítima, padecia de asma, viu-se afetada por gás lacrimogéneo e faleceu por insuficiência cardíaca.

Segundo a ONG Foro Penal Venezuelano entre 4 e 11 de abril 325 pessoas foram detidas pelas autoridades durante as manifestações opositoras que reclamam ainda uma alegada rutura do fio constitucional no país. Quinze dos detidos viram confirmada a detenção, pelos juízes, e 153 estão a aguardar pela acusação.

Venezuela. Igreja católica pede fim da repressão e grupos de civis armados