Dois homens de 23 e 29 anos, de nacionalidade francesa, suspeitos de prepararem um atentado “iminente”, foram detidos esta terça-feira de manhã em Marselha, no sul de França, cinco dias antes da primeira volta das eleições presidenciais, a 23 de abril.

“Estes dois homens radicalizados, nascidos em 1987 e 1993, ambos de nacionalidade francesa, tencionavam cometer a muito curto prazo — e com isto quero dizer durante os próximos dias — um atentado em solo francês”, disse em conferência de imprensa, o ministro do Interior francês, Matthias Fekl.

De acordo informações avançadas pela France Info, os dois homens, detidos quando saíam do apartamento que terão alugado recentemente na cidade portuária, serão Mahiédine Merabet (29) e Clément Baur (23), ter-se-ão radicalizado no estabelecimento prisional de Sequedin, no norte do país, e serão naturais dessa mesma região, Hauts-de-France, de que Lille é capital.

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Segundo a mesma fonte, a Direção-Geral de Inteligência Interna (DGSI) terá encontrado uma fotografia, cujo autor será Mahiédine M., onde, além de uma metralhadora, é visível a primeira página do Le Monde de 16 de março passado (onde aparece o ex-primeiro ministro e atual candidato François Fillon), uma bandeira do Estado Islâmico e uma série de balas a formar as palavras “Lei de Talião”.

Matthias Fekl anunciou também que a segurança dos candidatos às eleições presidenciais foi entretanto reforçada.

Os suspeitos foram detidos pela DGSI no quadro de uma investigação por associação criminosa terrorista, aberta em Paris, entre as 10h00 e as 11h00 no 3e arrondissement de Marselha. Segundo o Daily Mail, no apartamento onde moravam, a polícia encontrou armas e explosivos TATP (como os usados nos atentados de Paris, em novembro de 2015, e Bruxelas, em março de 2016).

“O risco de terrorismo está mais elevado do que nunca”, encerrou Fekl, depois de anunciar que para cada uma das voltas das presidenciais serão destacados 50 mil agentes de segurança.