Um grupo de arqueólogos egípcios descobriu, perto de Luxor, um antigo túmulo com oito múmias, vários sarcófagos coloridos e mais de mil estatuetas funerárias. A descoberta, com mais de 3.500 anos, foi, de acordo com a France-Presse, classificada como muito “importante”.
Construído na 18ª Dinastia para Userha, um nobre que exerceu o cargo de juiz, o túmulo foi reaberto mais tarde, durante a 21ª Dinastia, para receber outras múmias. Numa altura em que o roubo de sepulturas era muito comum, estas terão sido colocadas no interior do túmulo, localizado na necrópole de Draa Abul Nagaa, perto do Vale dos Reis, para as proteger. Ou, pelo menos, é isso que acreditam os arqueólogos.
“Não estávamos à espera de encontrar tantas coisas no seu interior”, disse aos jornalistas o ministro das Antiguidades do Egito, Khaled el-Enany, durante uma visita guiada ao local. Explicando que o túmulo, em forma de T, inclui “um átrio retangular, um corredor e uma câmara interior”, Khaled el-Enany referiu que, além dos sarcófagos, foi ainda encontrado “um número elevado de ushabti, mais de mil”. Os ushabti, pequenas figuras esculpidas, eram colocadas no interior dos túmulos egípcios para ajudar o defunto na vida após a morte. “Esta é uma descoberta importante”, considerou o ministro, citado pela France-Press.
Além das duas primeiras salas, os arqueólogos descobriram ainda uma terceira, que ainda não foi completamente escavada. De acordo com el-Enany, as escavações vão continuar a decorrer. Nevine el-Aref, porta-voz do Ministério das Antiguidades, disse à France-Presse que “existem evidências que podem vir a ser encontradas novas múmias no futuro”.