A Procuradora-Geral da República de Moçambique, Beatriz Buchili, disse esta quarta-feira que o país registou no ano passado 14 casos de rapto, assinalando que este tipo de delito continua um desafio para o Estado, apesar de estar a reduzir.

Apresentando a informação anual da Procuradoria-Geral da República, Beatriz Buchili, afirmou que, no ano passado, o Ministério Público moçambicano proferiu 15 acusações por raptos e um despacho de abstenção.

Um processo-crime está ainda na fase de instrução preparatória, acrescentou.

Apesar de serem ainda um desafio para as autoridades, prosseguiu Beatriz Buchili, os casos de rapto têm estado a reduzir, tendo-se registado 14 em 2016 face a 44 registados em 2013, ano com o maior número de casos, desde que este tipo de delito começou a ter lugar em Moçambique, em 2012.

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Buchili apontou a cidade de Maputo e a província de Maputo como as duas áreas geográficas com o maior índice de casos de raptos.

“Na cidade de Maputo, foram abortadas situações eminentes de raptos de cidadãos, onde os agentes do crime praticaram todos os atos de execução que deveriam consumar o ato”, declarou a PGR.

Beatriz Buchili defendeu a necessidade de uma maior cooperação entre o Instituto Nacional de Comunicações de Moçambique, na qualidade de regulador, para o cumprimento da lei que impõe o registo obrigatório de todos os cartões “SIM”.

“A prática revela que, nos crimes de rapto, os telefones celulares são meios privilegiados dos raptores, nas comunicações, para exigir o pagamento de resgates”, refere a informação anual da Procuradoria-Geral da República.

Por outro lado, prosseguiu, o Banco de Moçambique deve reforçar os mecanismos de controlo da moeda, uma vez que este tipo de crime envolve avultadas somas de dinheiro, que circulam fora do sistema financeiro.