O aviso está feito: “Qui facciamo la migliore pizza di Lisbonna” (aqui fazemos a melhor pizza de Lisboa), lê-se no novíssimo Pasta Non Basta. A par da pequena janela exterior onde o pizzaiolo Leandro prepara as pizzas, o nome é o primeiro prenúncio de que nem só de massa vive um ristorante italiano — mas já lá vamos. À porta, ignore os alertas de obras em curso (“lavori in corso“) que servem de decoração porque o espaço abriu no passado sábado e nem os celíacos precisam de manter uma distância de segurança. “Todas as nossas pizzas e massas estão disponíveis sem glúten”, diz Frederico Seixas, um dos sócios do projeto, ao Observador. “Os ingredientes são importados de Itália, inclusive as massas, mas também usamos produtos nacionais como a rúcula”, adianta José Abreu Lima, outro responsável.

Quem passa pelo Pasta Non Basta pode espreitar pela janela e ver o pizzaiolo Leandro a prepara as pizzas da carta. (foto: André Marques/Observador)

A ideia também foi importada do Mediterrâneo, mas da cidade de Roma, numa procura incansável pela boa gastronomia e pelo cruzamento de gerações. “O Pasta Non Basta é um projeto familiar que nasceu da vontade de António Oliveira Silva, o pai de José Abreu Lima, partilhar um negócio em comum com os filhos”, explica Frederico Seixas que tem um vasto currículo na área da restauração ao fundar o quiosque Bambu na Avenida da Liberdade e o OutOf com o sócio e amigo Vasco Raposo. “É verdade. Sempre sonhei passar o testemunho para a próxima geração e decidi que tinha de ser com um conceito ristorante, pizzeria e osteria“, confirma António Oliveira Silva. Porquê? “Porque pasta não basta. Um homem também vive de petiscos e outros pratos”, confessa entre risos.

O espaço é decorado com produtos e ingredientes tipicamente italianos: massa, azeite e até polpa de tomate. © André Marques/Observador

Há mais de cinco dezenas de receitas tradicionais para provar à mesa ou à janela (no caso das pizzas para levar cujos preços variam dos 7,50€ aos 12,50€). Para entrada, experimente o cremoso stracciatella di bufala com tomate cherry (10,5€), as almôndegas com molho de tomate (5,50€) e o mexilhão no forno a lenha (8,50€). Para os fãs da famosa pasta, há spaghettoni com trufa e ovo esfarrapado (14,50€). Se a massa fresca não lhe enche as medidas, opte pelo risotto de beterraba, amêndoas e trufa (14,5o€) ou pelo bife da vazia grelhado com rúcula, azeite e parmesão (18,50€). Na hora da sobremesa, lá está o típico pannacotta com compota de framboesa, tiramisù e gelato (4€) que dispensam apresentações. O cocktail da casa, à base do licor italiano Disaronno, chama-se Amaretto Sour (6€) mas não se deixe enganar pelo nome azedo. É bem doce.

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O Pasta Non Basta é um projeto familiar que agora ocupa o número 180B da Avenida Elias Garcia, junto à Fundação Calouste Gulbenkian. © André Marques/Observador

Para além do restaurante, o Pasta Non Basta tem também uma pequena mercearia que vende massa, fumados e queijos italianos ao quilo. A típica máquina Tamagnini vermelha, acabada de chegar de Parma, corta prosciutto (21,75€/kg), bresaola (30€/kg) e speck (17,5€/kg) à vontade do freguês. “Um dos nossos objetivos é crescer de forma fomentada e transformar o Pasta Non Basta numa cadeia de restaurantes”, adianta o sócio Frederico Seixas. “Para além do conceito, penso que o nome fala por si e o espaço se diferencia de qualquer outro restaurante italiano em Lisboa.”

Nome: Pasta Non Basta
Morada: Avenida Elias Garcia, 180 B (S. Sebastião), Lisboa
Telefone: 21 797 9214
Horário: Todos os dias das 12h às 15h e das 19h à 00h
Preço Médio: 17€
Reservas: Aceitam