A General Motors (GM) anunciou na quarta-feira que as autoridades venezuelanas ocuparam uma linha de produção na região de Valencia. A ocupação acontece num contexto de profunda crise económica no país liderado por Maduro.

Venezuela enfrenta a “mãe de todas as manifestações”

A sucursal venezuelana da fabricante norte-americana deu a conhecer a situação numa declaração oficial.

Ontem, uma linha de produção foi inesperadamente ocupada pelas autoridades, impedindo o decorrer normal das operações. Igualmente, outros bens da empresa, como veículos, foram ilegalmente retirados das instalações.”

O Ministro da Informação não respondeu ao pedido de informação da empresa, que garante que a ocupação causa danos irreparáveis à empresa, e aos seus quase 3000 trabalhadores. Aliás, a indústria automóvel tem estado em queda livre, atingida por uma falha no fornecimento de matérias-primas.

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A empresa anunciou ainda esta quinta-feira num comunicado que suspendeu as operações na Venezuela depois das autoridades venezuelanas terem confiscado na quarta-feira uma fábrica da empresa.

No comunicado, a construtora automóvel norte-americana diz que outros ativos como automóveis foram retirados da fábrica, causando danos irreparáveis.

A GM afirma que a fábrica foi confiscada desrespeitando o direito a um processo e adianta que vai defender-se legalmente e que está confiante que a justiça prevalecerá.

A construtora norte-americana, com cerca de 2700 trabalhadores no país, é líder de mercado na Venezuela há mais de 35 anos.

Nos últimos dias a Venezuela tem sido atingida por violentos protestos contra as políticas do Governo, a escassez de bens e uma taxa de inflação de três dígitos.