A Coreia do Norte alertou, esta segunda-feira, para uma possível resposta de força aos avanços militares norte-americanos. Num site oficial do partido único, Pyongyang ameaça afundar o porta-aviões USS Carl Vinson se Washington insistir nas investidas estratégicas na região. Este é o mais recente episódio na troca de ameaças entre os dois países.

O mundo verá como os porta-aviões inconscientes de Washington são reduzidos a pedaços de aço e naufragam e como um país chamado América é varrida da face da Terra.”

Internacionalmente, regista-se imensa especulação de que a Coreia do Norte pode estar a planear um ensaio nuclear na terça-feira, de forma a coincidir com o aniversário da fundação do seu exército. O governo chinês, liderado por Xi Jinping – o principal parceiro económico de Pyongyang – pediu esta segunda-feira a Donald Trump para ter moderação para com a questão norte-coreana. No Twitter, Trump ripostou que se a China quisesse resolver o problema norte-coreano, que o pode fazer.

Pyongyang tem intensificado os avisos e as ameaças a Washington. Só este mês, já se realizaram na Coreia do Norte dois ensaios balísticos e há a promessa do regime de testar mísseis semanalmente.

No fim-de-semana, o vice-presidente norte-americano, Mike Pence, em viagem pelo continente asiático, anunciou que o porta-aviões USS Carl Vinson chegará ao largo da Península Coreana dentro de alguns dias, em resposta aos rumores de um sexto ensaio nuclear da parte de Pyongyang. O jornal Rodong Sinmun, porta-voz do partido único norte-coreano, escreve que as forças da Coreia do Norte não estão impressionadas com a chegada do porta-aviões, que consideram “uma chantagem militar”. Pyongyang estará pronto para “afundar o porta-aviões nuclear norte-americano com um único ataque”, revela mesmo a edição de domingo do jornal. Já o site de propaganda Uriminzokkiri assume os movimentos militares norte-americanos como uma declaração de guerra e “a prova de que uma invasão da Coreia do Norte fica mais próxima todos os dias”.

Em resposta às ameaças constantes de Pyongyang, Mike Pence, que terminou a viagem diplomática à região, declarou que perante as intenções nucleares da Coreia do Norte “todas as opções estão sobre a mesa”, não descartando uma intervenção militar. O porta-aviões USS Carl Vinson encontra-se de momento no Mar das Filipinas, após confusão inicial sobre o seu paradeiro e percurso.

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