Os piratas retornaram aos mares da Somália, mas o aumento dos ataques à navegação comercial ainda não constitui uma tendência preocupante, defendem altos funcionários norte-americanos. Os ataques registados recentemente surgem depois de uma pausa de cinco anos na região, onde a pirataria atingiu proporções alarmantes durante o período de 2010 a 2012, atraindo para a região as marinhas dos Estados Unidos e de outras nações para uma forte campanha contra os piratas.

O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Jim Mattis, disse aos jornalistas numa base militar no Djibouti, perto do Golfo de Aden, que mesmo que o problema da pirataria venha a agravar-se, ele não espera um envolvimento significativo dos militares norte-americanos.

Numa conferência de imprensa, Mattis, comandante do Comando da ONU nos Estados Unidos, disse que houve seis ataques de piratas contra navios comerciais vulneráveis nas últimas semanas. “Nós não estamos prontos para dizer que há uma tendência” segundo o general Thomas Waldhauser, considerando que este aumento de ataques resulta de uma resposta aos efeitos da seca e da fome no Corno de África. O oficial norte-americano disse estar concentrado em garantir que a indústria de transporte marítimo comercial, que apertou os procedimentos de segurança em resposta à anterior crise de pirataria, não se torne complacente.

O capitão da Marinha, Richard Rodriguez, responsável por uma força militar dos EUA, baseada em Djibuti, disse que a pirataria “certamente aumentou” nas últimas semanas. Contudo, acrescentou, esta não é uma missão para as suas tropas, que estão concentradas no combate ao terrorismo no Corno de África e no desenvolvimento das capacidades dos exércitos nacionais na Somália e em outros lugares da região.

Djibouti adquiriu uma maior importância estratégica junto dos militares dos EUA, após o 11 de setembro, em parte como um meio de rastrear e intercetar os militantes da al-Qaeda que fugiram do Afeganistão depois de os EUA terem invadido aquele país em outubro de 2001.

A Marinha Portuguesa participou no esforço de combate aos piratas nos mares da Somália durante vários anos, no âmbito da operação europeia Atalanta que envolveu várias marinhas europeias.

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