“A arte urbana é uma das poucas ferramentas que se tem mesmo que não se tenha nada. E mesmo que não cries um desenho que cure a pobreza no mundo, pelo menos fazes alguém rir enquanto faz xixi para uma parede.” Banksy, autor desta descrição, é um dos artistas mais reconhecidos do mundo do graffiti, uma arma que, para ele, “só é feia, irresponsável e infantil se for bem feita”. Mas, além do seu nome, que já se tornou sonante nas ruas e dentro dos edifícios, que outros artistas urbanos estão a dar que falar? Há pelo menos trinta que são incontornáveis. Dois deles são portugueses.

Bordallo II é o autor de “Trash Animals”, uma série de imagens que invadiu as paredes lisboetas que “tem por missão chamar a atenção para um problema atual que tem tendência para ser esquecido, tornar-se trivial ou um mal necessário”. É o problema dos materiais que não são reutilizados e que são a causa da poluição e dos seus efeitos no planeta. A série mostra então animais construídos através desses materiais.

Outro nome português que tem ecoado no mundo da arte urbana é Vhils, pseudónimo de Alexandre Manuel Dias Farto, e é famoso pela série “Rostos”. É graças a ele que Amália Rodrigues, José Saramago ou Zeca Afonso ainda vagueiam pela calçada da capital portuguesa. Escolheu esse nome artístico juntando as letras que as pessoas mais facilmente desenham — e que usava quando fazia graffitis ilegais no Seixal. Da colaboração com Zeinal Bava no edifício da PT na Covilhã até ser um nome proeminente na arte urbana foi um salto. Agora fala-se dele pelo mundo fora.

Outros artistas dão que falar pelo mundo inteiro. Conheça-os na fotogaleria.

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