Depois de 4,5 milhões de unidades comercializadas mundialmente entre 2005 e 2016, 1 milhão só na Europa, eis que é já no próximo mês de Maio que entra em comercialização, no mercado nacional, aquela que é a terceira geração do Suzuki Swift. Modelo que, a par do SUV Vitara, representa grande parte das vendas do fabricante de Tóquio em Portugal e no resto do Velho Continente. E que, agora mais moderno, melhorado e evoluído, pode voltar a ser um caso sério de importância nas vendas da Suzuki em Portugal, acreditam os responsáveis nacionais da marca.

O que é que mudou?

Pode não parecer, mas muita coisa! Desde logo, e embora optando assumidamente por um design de continuidade, não deixam de ser perceptíveis as alterações estéticas na grelha, nos faróis (agora em LED, tanto à frente como atrás), pára-choques e em alguns pormenores que, efectivamente, lhe caiem bem. Veja-se, por exemplo, o caso do pilar C, agora com uma faixa a preto e a contribuir para a imagem de um tejadilho flutuante. A estas mudanças mais facilmente detectáveis, junta-se uma nova plataforma, que veio promover uma redução de 10 mm no comprimento (3,84 m) e de 15 mm em altura (1,49 m), mas também um substancial aumento de 40 mm na largura (1,73 m) e de 20 mm na distância entre eixos. E, principalmente, uma redução no peso total do conjunto em qualquer coisa como 120 kg.

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Incrementada foi também a oferta em termos de cores exteriores (a partir de agora, 11 ao todo, das quais duas são novas e quatro podem ser conjugadas para fazer um visual bicolor), ao passo que, nas jantes, a disponibilidade passa por soluções em liga leve de 16″, tanto para a versão de entrada GLE, como para a mais recheada GLX. Com as desta última a diferenciarem-se pelo facto de serem polidas.

Lá dentro, agrada?

A habitabilidade está claramente melhorada face ao antecessor, nomeadamente nos lugares traseiros, onde passou a haver mais espaço para as pernas dos passageiros, os quais, a exemplo dos da frente, viram igualmente baixar a altura a que se sentam (-21 mm à frente, -25 mm atrás). Passando todos eles a beneficiar, dessa forma, de mais espaço tanto em altura, como face às laterais.

No interior do habitáculo, a solidez não disfarça a existência de alguns plásticos mais rijos e menos convincentes, mas é fácil gostar das alterações a nível do design, com as formas redondas (e desportivas, defende o fabricante) a marcarem grande parte do tablier (são os manómetros, as saídas de ar, os botões do ar condicionado, etc…). Agradou-nos ainda mais a decisão dos designers de virar um pouco mais (cerca de 5º), na direcção do condutor, o generoso ecrã táctil a cores que serve de acesso ao nem sempre muito funcional sistema de infoentretenimento. Que, aliás, é basicamente o mesmo que está presente nos restantes modelos da marca e ao qual, num carro muito bem equipado como é este Swift, não faltam sequer – pelo menos, no caso da versão mais equipada GLX (que deverá ser aquela com maior procura entre nós) – mais-valias como o sistema de navegação, o sistema MirrorLink, as aplicações Apple CarPlay ou Android Auto.

Ainda de série: um outro ecrã LCD a cores de 4,2″ no centro do painel de instrumentos, que tem como finalidade exibir informações várias sobre o desempenho do veículo; ar condicionado automático (manual no GLE); bancos dianteiros aquecidos; faróis automáticos; e função ‘Guide Me’ (basicamente, o Follow Me Home da Suzuki).

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No capítulo da segurança, destaque obrigatório para a presença do pacote Dual Sensor Brake Suport, que, apoiado numa câmara monocular e num sensor laser, garante tranquilidade acrescida através de soluções como a travagem de emergência autónoma, alerta de mudança de faixa, alerta antifadiga e assistente de luzes de largo alcance. Sendo que presente está ainda o controlo de velocidade adaptativo, o sistema de impede o carro de descair nos arranques em subidas, o controlo da pressão dos pneus e a câmara traseira com exibição de imagem no ecrã central.

E (também) consegue ser funcional?

Sem dúvida. Aliás, a par dos vários espaços de arrumação, não deixámos de reparar na agradabilidade da posição de condução, ainda que ligeiramente elevada (a procurar beneficiar a visibilidade), a partir de um banco confortável e com todos os ajustes obrigatórios. Quanto ao volante, também ele ajustável em altura e profundidade, e com óptima pega, só não terá sido tão bem pensado na questão da disposição os botões – é que comandos como os do telefone, colocados tipo recurso entre os braços, já não se usa…

Vantagens, pelo contrário, na bagageira, onde a Suzuki garante ter conseguido aumentar o espaço disponível em mais 55 litros, ou seja, para os 265 litros. Isto, ainda antes do rebatimento 60/40 das costas dos bancos traseiros, os quais não deixam de ficar mais altos que o piso da mala.

Motores? Como le encanta la gasolina

No domínio da propulsão, a Suzuki segue o ritmo do reggaeton de Daddy Yankee: motores, só a gasolina. É verdade. Ainda que tal seja compreensível, visto ser essa, há muito, a tendência do segmento em que vivem este tipo de propostas. Com o novo Swift a seguir, de resto, o grosso do pelotão também no que ao tipo de motores diz respeito, disponibilizando não apenas um pequeno quatro cilindros 1,2 litros Dualjet com 90 cv e equipado com o já conhecido sistema híbrido SHVS (Smart Hybrid Vehicle by Suzuki), mas também a sua versão dos hoje em dia cada vez mais usuais tricilíndricos de 1,0 litros. Neste caso em concreto, um Boosterjet turbo a debitar 111 cv e que, tal como o anterior, não só surge equipado com o já referido sistema SHVS, como também acopla uma caixa manual de cinco velocidades. Já o 1.2 pode, ao contrário deste último, receber uma caixa CVT.

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Falando de números, a marca nipónica destaca os excelentes resultados de ambas as motorizações, desde logo, em termos de emissões de CO2, atribuindo-lhes mesmo o título de Best in Class – no caso do 1.2 Dualjet, graças a um valor de 90 g/km, ao passo que, no 1.0 Boosterjet, o valor homologado é de 97 g/km. A média anunciada nos consumos é de 4,3 l/100 km.

De referir ainda que o novo Swift está também preparado para adoptar o mesmo sistema de tracção integral (AllGrip Auto), por exemplo, do Vitara. E que, mediante a utilização de um sistema de acoplamento viscoso com distribuição automática do binário, faz do modelo a única proposta 4×4 do segmento. Tal como as restantes versões, com três anos de garantia! Mais sobre equipamento e especificações aqui.

Em estrada, gostaram?

Sim. Ainda que, neste primeiro contacto realizado em terras espanholas, tenhamos tido oportunidade de andar apenas com uma das motorizações – aquela que nos pareceu ser a mais interessante, o 1.0 Boosterjet de 111 cv. Retivemos, entre outros aspectos, as boas sensações ao volante, com o Swift a mostrar-se agradavelmente ágil e despachado, em particular, quando espicaçado pela caixa manual de cinco velocidades, não se furtando sequer a alguns andamentos com maior “nervo”. Altura em que também teria sido bom sentir da parte da direcção um tudo-nada mais de feedback.

De resto, convincente é também a estabilidade e inserção em curva, com o Swift a ajudar à condução, nomeadamente através de um bom trabalho da suspensão. Esta, revelando algumas preocupações com o conforto, não se deixa levar em cantigas no momento de segurar a carroçaria e impedir o surgimento de reacções inesperadas. Mostrando-se, inclusivamente, bem adaptada a um tricilíndrico que, também ele, gosta de ritmos vivos e alegres, em particular, quando acima das 2.000 rpm. Ainda que, depois, chegue a conta, com as esperadas repercussões ao nível dos consumos – os quais, no nosso caso, nunca se aproximaram dos valores prometidos pela marca…

Convence na estrada… e no preço?

Muito provavelmente, ainda mais! É que, graças à campanha de lançamento concebida pela Suzuki Ibéria e que permite um desconto de até 3.033€ (2.033€ da campanha + 1.000€ em caso de financiamento) no valor final do carro, o novo Swift vai estar disponível, já a partir de Maio, em Portugal, por valores a rondar os 13 mil euros – ou, mais concretamente, 13.038€, preço para a versão 1.2 de caixa manual de cinco velocidades e nível de equipamento GLE. Quanto ao 1.0 Boosterjet com caixa manual, estará disponível a partir de 13.916€, já com todos os descontos. Com o GLX a atingir os 16.265€ (todos os preços aqui).

A terminar, e especialmente para aqueles que procuram um pouco mais de salero, importa referir que, lá mais para Outubro, chegará a Portugal a já famosa versão Sport. A qual, nesta terceira geração do pequeno citadino, surge impulsionada por um 1.4 Turbo a gasolina de 140 cv, cujos preços não foram ainda divulgados.