Pelo menos três pessoas foram mortas e 12 outras ficaram gravemente feridas na segunda-feira durante manifestações na Venezuela pró e contra o Governo do Presidente Nicolás Maduro.

Os incidentes ocorreram em Barinas e Mérida, no oeste do país, elevando para 24 o número total de vítimas em protestos na Venezuela desde o dia 01.

Em Mérida, segundo o “Defensor do Povo” (espécie de provedor de justiça), Tarek William Saab, uma pessoa foi baleada mortalmente no tórax quando participava numa concentração pró-governamental no viaduto Campo Elias; enquanto em Barinas foram mortas outras duas que participavam, por seu turno, numa iniciativa convocada pela oposição.

Cinco pessoas ficaram feridas com gravidade em Mérida, tendo sido transportadas para o Hospital de Los Andes, às quais se juntam outras sete em Barinas, referidas anteriormente pelo Ministério Público que confirmou ainda estar a investigar uma das mortes nesta localidade.

O Governo e a oposição, que o regime denomina como “direita terrorista”, trocam acusações quanto à responsabilidade pela ocorrência de mortes no âmbito das manifestações.

Desde 01 de abril que as manifestações a favor e contra o Governo se têm intensificado na Venezuela.

A oposição tem protestado para exigir a convocatória de eleições gerais no país, a libertação de presos políticos e o fim da repressão, e contra duas recentes sentenças em que o Supremo Tribunal de Justiça concede poderes especiais ao chefe de Estado, limita a imunidade parlamentar e assume as funções do parlamento.

Segundo a organização Fórum Penal Venezuelano (FPV), entre 01 e 22 de abril, foram detidas 1.365 pessoas da Venezuela, das quais 777 continuam privadas de liberdade.

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