O diretor-geral da Saúde condenou esta quarta-feira “moda bizarra” de não vacinar as crianças, indicando que isso tem tido consequências, e considerou inquestionável o direito dos menores à vacinação.

“Não é tolerável que as mães ou pais possam dispor do destino dos seus filhos no que respeita à vacinação. É um direito das crianças estarem protegidas. A mãe e o pai têm o dever de tratar da criança”, afirmou Francisco George aos deputados da comissão parlamentar da Saúde.

O diretor-geral da Saúde foi ouvido esta quarta-feira no parlamento, a pedido do PCP, sobre o atual surto de sarampo e foi questionado sobre a obrigatoriedade ou não da vacinação, tendo optado por insistir que considera as vacinas “um dever”.

Sobre a cobertura vacinal, Francisco George indicou que Portugal tem “muito poucos cidadãos abaixo dos 18 anos que estejam vulneráveis”, mas adiantou que os serviços de saúde têm indicação para convocar os menores quando não estão a cumprir o calendário vacinal do Programa Nacional.

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O diretor-geral admitiu que a imunidade de grupo não é totalmente homogénea no país, havendo zonas ou agrupamentos de centros de saúde com menores níveis, uma situação que está a ser averiguada pelas autoridades. Contudo, Francisco George afirma que Portugal continua a ter imunidade de grupo e que o sarampo “não tem condições de se propagar facilmente” ou para “provocar uma epidemia de larga escala”.

Atualmente o país está perante uma “atividade epidémica”, que a Direção-geral da Saúde acredita que será confinada. Até ao momento há 25 casos confirmados de sarampo, um deles levou à morte de uma jovem de 17 anos que não estava vacinada.

“Certas vacinas devem ser obrigatórias”, defende Comissário Europeu da Saúde