Mais de 70 autarcas e populares do distrito de Setúbal manifestaram-se esta quinta-feira em frente à sede da Caixa Geral de Depósitos (CGD), em Lisboa, em protesto contra o encerramento de cinco agências no distrito.

Os manifestantes, na maioria idosos, exibiam bandeiras negras e gritavam que “a Caixa é do povo, não pode encerrar”.

Em declarações à agência Lusa, a presidente da Junta da Charneca de Caparica, Margarida Carvalho, disse que só na sua freguesia (no concelho de Almada) são afetadas 14 mil pessoas, muitas idosas, que ficam sem qualquer dependência bancária.

A mais próxima, segundo a autarca, seria a do Fórum Almada, que também vai encerrar.

Margarida Carvalho afirmou ainda que a freguesia nunca teve oportunidade de negociar a manutenção desta agência, à volta da qual está estruturado todo o comércio local.

Na manifestação esteve o deputado do PCP Miguel Tiago, que manifestou o apoio do partido a esta causa, salientando que os portugueses não estão a pagar uma injeção de dinheiro na Caixa para ela fechar balcões e prestar assim um mau serviço às populações.

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A CGD prevê encerrar 61 agências, sendo 18 na área da Grande Lisboa, 15 a norte, 15 a sul e nas regiões autónomas e 13 na zona centro, segundo a lista revista divulgada em março.

No distrito de Setúbal estão previstos os encerramentos das agências de Sobreda da Caparica (Almada), Cacilhas (Almada), Fórum Almada (Almada), Lavradio (Barreiro) e Canha (Montijo).

O fecho de agências foi negociado com Bruxelas e é uma das contrapartidas acordadas para que a recapitalização da CGD que está a decorrer, num montante superior a 5.000 milhões de euros, não seja considerada ajuda de Estado.