O enviado especial do Secretário-geral das Nações Unidas para a região dos Grandes Lagos chegou esta quinta-feira a Luanda para abordar com as autoridades angolanas as situações vividas nas repúblicas Democrática do Congo e Centro Africana e do Burundi.

Durante a sua estada de dois dias na capital angolana, Said Djinnit tem encontros agendados com os ministros das Relações Exteriores, Georges Chikoti, e da Defesa, João Lourenço.

À sua chegada, Said Djinnit referiu que Angola é um país bastante importante, realçando que em outubro albergou a Cimeira Regional do Mecanismo de Acompanhamento do Acordo de Adis Abeba, sendo relevante para as Nações Unidas o seu parecer sobre o assunto.

“Queremos ver como podemos, de forma coletiva, resolver, promover e acompanhar processos de diálogo na região, particularmente no leste da República Democrática do Congo”, disse Said Djinnit, citado pela agência noticiosa angolana, Angop.

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Angola lidera a Conferência Internacional da Região dos Grandes Lagos (CIRGL), organização que integra igualmente a República Democrática do Congo, República Centro Africana, Burundi, Sudão, Sudão do Sul, Ruanda, Quénia, Tanzânia, Uganda e Zâmbia.

Durante a sua liderança, Angola tem realizado vários esforços para o estabelecimento da paz efetiva nos países em conflito, privilegiando o diálogo, como o caso da República Democrática do Congo (RDCongo).

Nos últimos dias, devido ao intensificar dos conflitos na RDCongo, país com quem partilha uma vasta fronteira comum, Angola já acolheu mais de 11.000 refugiados congoleses.

Em causa estão os conflitos étnicos e políticos no Cassai e Cassai Central, que desde meados de 2016 já provocaram, segundo o Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), um milhão de deslocados.

Segundo ainda o ACNUR, o Governo de Angola pediu ajuda urgente em medicamentos, água, comida, abrigos, cobertores e outros artigos não alimentares, para acudir os refugiados, que continuam a chegar.