No ano passado nasceram mais 87126 crianças em Portugal, o que representa um aumento de 1,9% em relação ao ano anterior. Apesar de se terem registado mais 1.626 nascimentos de nados vivos, isso não travou a perda de população que teve um saldo negativo (diferença entre óbitos e nascimentos) de 23.409 revela o Instituto Nacional de Estatísticas.

Este é o oitavo ano consecutivo em que a população portuguesa diminui porque o número de mortes continua a ser superior ao de nascimentos, revelam dados das “Estatísticas Vitais”, do INE.

Os óbitos de pessoas residentes ascenderam em 2016 a 110.535, o que representa também uma subida de 1,8% face a 2015. Apesar de ser o segundo ano consecutivo com um crescimento no número de nascimentos, em 2016 essa subida foi mais moderada do que a verificada no ano anterior, quando nasceram mais 3,8% bebés.

O INE destaca ainda que esta desaceleração no número de nascimentos se deveu a quebras sentidas nos últimos meses do ano passado. Só em dezembro, nasceram menos 4,4% bebés. No primeiro semestre, a natalidade estava a crescer 4,4%. O número mais baixo de nascimentos em Portugal ocorreu no ano de 2013. Foi nos primeiros meses deste ano que a recessão económica e o desemprego atingiram os valores mais expressivos.

O INE assinala ainda a morte de 278 crianças com menos de um ano, mais 28 do que o registado em 2015, “resultando em uma taxa de mortalidade infantil de 3,2 óbitos por mil nados-vivos (2,9 em 2015)”. A mortalidade apresenta um padrão geral sazonal, com valores mais elevados nos meses de inverno e mais baixos na primavera e verão.

O número de casamentos manteve-se estável no ano passando, com 32.399 atos, dos quais 64,2% foram apenas civis, enquanto 35,3% foram católicos.

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