O Montepio convocou os acionistas para uma assembleia geral anual em 25 de maio, para deliberar sobre os resultados do banco, que, em 2016, reduziu o prejuízo para 86,5 milhões de euros. Os acionistas vão deliberar sobre o relatório de gestão e as contas individuais e consolidadas relativos ao exercício de 2016 e a proposta de aplicação de resultados em base individual.

Além disso, vão proceder à apreciação geral da administração e fiscalização da Caixa Económica Montepio Geral e deliberar sobre a declaração do Comité de Remunerações relativa à política de remuneração dos membros dos órgãos de administração e de fiscalização.

A Caixa Económica Montepio Geral registou um prejuízo de 86,5 milhões de euros no ano passado, uma melhoria face ao prejuízo de 243 milhões de euros em 2015.

O banco tem vindo, nos últimos anos, a vender ativos e a emagrecer a estrutura (agências e trabalhadores) com o objetivo de melhorar a solidez da instituição e reduzir gastos.

Ainda em 2016, o banco reduziu o quadro de pessoal em 443 trabalhadores e encerrou 94 agências, tendo no final do ano 3.588 trabalhadores e 327 agências bancárias.

Mas na sexta-feira a Caixa Económica Montepio Geral veio garantir que não tem prevista a rescisão de contratos de trabalho, depois de ter cancelado o pedido de empresa em reestruturação, que implicava uma redução de mais de cem trabalhadores.

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Até à assembleia-geral anual de 25 de maio do banco, ainda decorrerá uma assembleia-geral extraordinária, mas da Associação Mutualista Montepio Geral, em 09 de maio, para decidir sobre a passagem a sociedade anónima do banco Montepio, pertencente na totalidade à Associação Mutualista Montepio.

Esta alteração já foi aprovada pela assembleia-geral da Caixa Económica Montepio Geral, assim como os novos estatutos, e falta agora a ratificação dos associados da casa-mãe para concluir o processo.

Da Associação Mutualista Montepio são conhecidas, para já, apenas as contas individuais de 2016, com um lucro de 7,4 milhões de euros.

A associação e o banco mutualistas têm estado em foco, com uma sucessão de notícias negativas, como a constituição de António Tomás Correia, presidente da Associação Mutualista, como arguido em processos-crime.