O líder do PSD alertou este sábado que “a cada dia que passa” Portugal vive uma “democracia cada vez mais limitada”. Na apresentação do candidato do PSD à câmara de Arganil, Passos Coelho denuncia que a “democracia definha” porque a maioria de esquerda segue “uma prática política” de “atacar, desqualificar e ameaçar” as “instituições independentes que não têm o mesmo ponto de vista do Governo”.

O líder da oposição diz que este ataque socialista é dirigido aos “reguladores, ao Conselho de Finanças Públicas, à própria Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO)” e a todos os que “não fazem coro a defender o Governo“.

Passos Coelho diz que o “narcisismo socialista” está a “tornar-se ridículo” e acusa bloquistas, comunistas e socialistas de conviverem mal com a crítica. O presidente do PSD defende que “só há uma democracia forte com instituições independentes fortes” e assinala a incoerência entre a prática dos partidos de esquerda e o facto de se sentirem “donos do 25 de Abril.

O líder do PSD falou ainda sobre o relatório do PS e do Bloco de Esquerda sobre a dívida pública, lembrando que “andaram anos a seringar toda a gente que tinha de se reestruturar a dívida e as final as soluções que apresentam não são para reestruturar a dívida, mas para gerir a dívida“. Passos ridicularizou o facto de pedirem que a dívida fosse paga a 45 anos e a juros baixos e atirou:

Percebe-se que o Governo não queira assinar o relatório, para não cair no enxovalho de levar negativa de Bruxelas.”

Passos considera as propostas do relatório “negativas” e próximas “do que José Sócrates fez”. Acusou ainda a esquerda de querer “deitar a mão às reservas do Banco de Portugal, não para pagar dívida, mas para suportar o orçamento do Governo. Querem rapar o fundo ao tacho!”.

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