Matteo Renzi terá conquistado 65% a 70% dos votos nas eleições para a liderança do Partido Democrático (PD), realizadas neste domingo. A previsão sobre o resultado do combate pela chefia do partido italiano foi adiantada por Matteo Richetti, membro do partido, em declarações citadas pela agência Ansa.

“É uma responsabilidade extraordinária, obrigado de coração a esta comunidade de mulheres e de homens que acreditam na Itália, adiante juntos”, escreveu Renzi na rede social Twitter. “Uma nova história começa”, afirmou o político no discurso de vitória, que admite fazer uma coligação de centro-direita com a Forza Italia para formar um governo após as próximas legislativas.

Renzi, que se demitiu do cargo de primeiro-ministro de Itália na sequência de um referendo realizado em Itália a 4 de dezembro de 2016, pretende regressar ao primeiro plano da vida política do país. O antigo líder de governo disputará o cargo nas eleições gerais que se realizam no início de 2018.

A imprensa transalpina refere que o atual primeiro-ministro, Paolo Gentiloni, enviou uma mensagem de felicitações a Matteo Renzi, que disputa o partido com as candidaturas do ministro da Justiça, Andrea Orlando, e o governador da região de Apulia, Michele Emiliano. O ato eleitoral aberto teve a participação de perto de dois milhões de pessoas

O provável sucesso de Renzi no partido não garante vida fácil ao político. Há sondagens que indicam que o Movimento Cinco Estrelas, advogado da realização de um referendo sobre a permanência de Itália na zona euro, superou o Partido Democrático em matéria de popularidade. Um estudo realizado pela Ixe, divulgado no início de abril, revelou que o Cinco Estrelas recolhia o apoio de 28,5% dos eleitores italianos, seguido do PD, com 26,4%. A Forza Italia, de Silvio Berlusconi, surgiu com 13,1% e a Liga Norte com 12,6% das preferências.

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