Com a divisão mais desportiva e exclusiva da Mercedes-Benz a preparar um superdesportivo de edição limitada desenvolvido a partir do carro de F1, tendo por base o já conhecido Project One, o chairman da Mercedes-AMG GmbH, Tobias Moers, vem agora garantir que o futuro da marca será feito não com motores térmicos, mas com propulsores híbridos e eléctricos. Sendo que o futuro desportivo de quatro portas, híbrido pug-in, que a AMG tem previsto apresentar já em Setembro, durante o Salão Automóvel de Frankfurt, será apenas a ponta do icebergue.

Recorde-se que a AMG deu a conhecer recentemente a sua nova tecnologia híbrida, denominada “EQ Power+”, que surgiu materializada num novo protótipo, o AMG GT, desvendado em Março, durante o Salão Automóvel de Genebra. Modelo do qual é já esperada uma versão de produção, em 2018, que assim se juntará à do superdesportivo, cujo arranque está previsto para o final do mesmo ano.

Segundo Moers, o GT “é o verdadeiro novo futuro, já que o superdesportivo surgirá numa versão muito limitada”. Sendo que, “com o GT concept, podemos ficar com uma ideia de como estamos a desenhar aquilo que será a performance no futuro, tendo por base as nossas plataformas standard; ou seja, aqueles que serão os nossos carros mais normais”.

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Mas se, em termos de estratégia, é já certo que o GT será lançado com motor térmico, também não é menos verdade, segundo Moers, que uma versão híbrida plug-in “não estará tão distante quanto isso”. Sendo que a tecnologia rapidamente abrangerá outros modelos AMG, reconhece o mesmo responsável:

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Claro que sim. A verdade é que não temos a capacidade de mudar o futuro. Temos de nos adaptar àquelas que são as novas exigências e regulamentos, as quais nos obrigam a avançar e a encontrar novas e inovadoras soluções.”

Quanto a modelos AMG exclusivamente eléctricos, o patrão da AMG assume estarem igualmente na agenda, ainda que afirme desconhecer “quando é que poderão ser vistos a circular” na estrada. “Contudo, certo é que não vamos poder mudar o futuro, pelo que isso será mesmo uma realidade“, acrescenta.

As afirmações agora proferidas por Tobias Moers ao Automotive News seguem, no fundo, o mesmo sentido das do responsável máximo da Mercedes pela divisão de Pesquisa e Desenvolvimento, Ola Källenius. Que, no início deste ano, durante o Salão Automóvel de Detroit, admitia que versões não apenas híbridas, como também eléctricas, poderem vir a fazer parte da oferta da AMG, enquanto versões mais desportivas dos futuros modelos da futuro divisão eléctrica EQ.