Pelo menos 14 pessoas ficaram feridas nesta segunda-feira quando as forças de segurança reprimiram, com bombas de gás lacrimogéneo, milhares de opositores que pretendiam marchar até ao Supremo Tribunal de Justiça (STJ), no centro de Caracas. Os opositores partiram de diversos pontos de Caracas, para assinalar o Dia do Trabalhador e também um mês de protestos contra o Governo do Presidente Nicolás Maduro e contra duas sentenças (de 30 de março) em que o STJ limita a imunidade parlamentar e assume as funções do parlamento.

Os 14 feridos, segundo o alcaide de Chacao, Ramón Muchacho, foram atendidos num centro de saúde local por apresentar “traumatismos”, havendo ainda regista dois casos de hipotensão e uma pessoa afetada por um tiro de borracha. A repressão teve lugar em vários pontos de Caracas, entre eles El Paraíso (oeste) e La Castellana (leste), lugar onde a marcha dividiu-se em duas, uma delas da Auto-estrada Franscisco Fajado (sul), onde eram esperados pela Polícia Nacional Bolivariana e a Guarda Nacional Bolivariana (polícia militar).

Por outro lado, a outra marcha procurou coma rota alternativa para chegar ao STJ o bairro (pobre) de Chapellin, onde milhares de pessoas foram reprimidas com bombas de gás lacrimogéneo. Em El Paraíso, o deputado opositor José Manuel Olivares, foi ferido na cabeça, por uma bomba lacrimogénea disparada pela polícia, quando transmitia a repressão policial, via Internet.

Apesar da repressão os manifestantes insistiram em várias oportunidades avançar até à avenida Vitória para ir até ao Conselho Nacional Eleitoral. Por outro lado, milhares de simpatizantes do Presidente Nicolás Maduro marcharam desde a empresa estatal Petróleos de Venezuela SA (centro-leste), até à avenida Bolívar de Caracas (centro), para assinalar o Dia do Trabalhador e em apoio ao chefe de Estado.

Desde há um mês que se intensificaram as marchas a favor e contra o Presidente Nicolás Maduro, durante as quais, segundo dados oficiais, 28 pessoas faleceram. Fontes não oficiais dão conta que são 34 o total de mortos em manifestações, de que mais de 500 pessoas ficaram feridas e de que mais de 1.300 foram detidas.

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