As autoridades policiais do Rio de Janeiro informaram esta terça-feira que os incêndios de autocarros cometidos por bandidos mascarados, em duas vias de acesso à cidade, foram organizados para facilitar a fuga de criminosos.

O objetivo destes incêndios, segundo as autoridades, foi desviar polícias militares que cercavam traficantes dentro da favela Parada de Lucas, que teriam tentado invadir uma outra comunidade chamada Cidade Alta, em Cordovil, na zona norte do Rio de Janeiro, na madrugada desta terça-feira.

As mesmas fontes adiantam que foram queimados oito autocarros e dois camiões de manhã. Os incidentes interditaram parte da Rodovia Washington Luís e a Avenida Brasil, vias de acesso que ligam áreas importantes da capital carioca, deixando também muitos motoristas em pânico.

O Centro de Operações da Prefeitura do Rio de Janeiro chegou a colocar o município em estado de pré-alerta (um ou mais incidentes estão a perturbar no mínimo uma região da cidade, podendo causar reflexos relevantes no trânsito) por volta das 10h50 da manhã (14h50 em Lisboa) devido aos incêndios, que foram considerados atos de vandalismo.

O secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Roberto Sá, disse, numa conferência de imprensa, que a polícia já identificou alguns dos mandantes da invasão da comunidade Cidade Alta. O mesmo responsável adiantou que a ordem de queimar os autocarros partiu de dentro da cadeia e foi cumprida por pessoas recém-saídas da prisão.

Roberto Sá também confirmou que duas pessoas morreram na operação policial que frustrou a ação dos traficantes na comunidade de Cidade Alta. Os mortos seriam criminosos ainda não identificados. Esta operação da polícia militar do Rio de Janeiro terminou com mais de 45 presos e 32 espingardas apreendidas.

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