Donald Trump, presidente dos Estado Unidos da América, vai visitar a Arábia Saudita, Israel e também ao Vaticano, onde tem encontro marcado com o Papa Francisco a 24 de maio.
A informação foi avançada por um dos elementos da administração Trump, esta quinta-feira, e também pela Santa Sé. O Vaticano também confirmou a informação de que o Papa Francisco irá receber Donald Trump a 24 de maio, segundo o i24. A audiência está agendada para às 08h30 locais (07h30 hora de Lisboa) no Vaticano.
Será o primeiro encontro oficial entre os dois e seguir-se-á à viagem que Francisco fará a Fátima nos dias 12 e 13.
Esta é a primeira viagem ao estrangeiro realizada por Trump desde que se tornou presidente. A Casa Branca ainda vai disponibilizar um itinerário oficial da viagem.
A primeira paragem do presidente norte americano será dia 19 de maio, em Riyadh, onde participará numa conferencia focada nas ameaças ao Médio Oriente no Estado Islâmico. A Reuters avança que Donald Trump planeia anunciar a construção de uma nova fundação de combate ao terrorismo durante a passagem pela Arábia Saudita.
Os media de Israel avançaram que a visita de um dia de Donald Trump vai decorrer a 22 de maio, dia que coincide com a véspera dos festejos locais do 50º aniversário da re-unificação de Jerusalem depois da Guerra de Seis Dias de 1967, que se inciam na tarde de 23 de maio.
Está também confirmada a participação de Trump na reunião da NATO que vai decorrer em Bruxelas em 25 de maio, e na cimeira dos líderes dos sete países mais ricos (G7), que terá lugar na Sicília (Itália), em 26 e 27 de maio.
As autoridades palestinianas confirmaram, esta quinta-feira, que, durante a visita a Israel, o presidente norte americano vai-se encontrar com o Presidente Mahmoud Abbas. Os dois já estiveram juntos na última quarta-feira na Casa Branca.
As divergências profundas entre estas duas personalidades ficaram bem marcadas durante a campanha eleitoral para as presidenciais norte-americanas, realizadas em novembro do ano passado.
Questionado sobre Trump em fevereiro de 2016, quando o magnata do imobiliário era um dos candidatos à nomeação presidencial do Partido Republicano, o papa afirmou: “Uma pessoa que quer construir muros e não pontes não é cristão”, relembra a Lusa.
As palavras de Francisco foram mal recebidas por Trump, que respondeu que considerava “vergonhoso” que um líder religioso “questionasse a fé de uma pessoa”.
“O papa ouviu uma versão da história, não viu a criminalidade, o tráfico de droga e o impacto económico negativo que as políticas atuais têm sobre os Estados Unidos”, insistiu Trump, defendendo o seu projeto para a construção de um muro na fronteira com o México.
Todavia, no dia seguinte quis atenuar a tensão criada, ao dizer que o papa era “um tipo incrível”, enquanto o Vaticano assegurou que Francisco não quis fazer um “ataque pessoal nem dar nenhuma indicação de voto”.
No dia da tomada de posse de Trump, no passado dia 20 de janeiro, Francisco rezou para que as decisões do novo Presidente norte-americano fossem “guiadas pelos ricos valores espirituais e éticos” do povo americano, com uma “preocupação para com os pobres e os excluídos”.
Em meados de abril, a Casa Branca anunciou que tencionava pedir um encontro entre o Presidente norte-americano e o papa Francisco. E o próprio Trump chegou a afirmar que estava ansioso para se encontrar com o pontífice.
“Eu recebo todos os chefes de Estado que o solicitem”, respondeu no sábado o papa Francisco durante o voo de regresso ao Vaticano após uma visita ao Egito.
